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São Paulo, sábado, 11 de outubro de 2003

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Números sobre trabalho infantil mudam pouco

DA SUCURSAL DO RIO

Depois de uma contínua redução do trabalho infantil de 1992 a 2001, o ano de 2002 foi de poucos progressos no combate ao problema: 12,7% da população de 5 a 17 anos ainda trabalha para sobreviver -ou seja, 5,4 milhões de crianças e adolescentes.
A proporção em 2001 era de 12,8%. Em 1992, chegava a 19,6%, e veio caindo nos anos 90.
Na faixa de 10 a 17 anos, 45,6% das crianças e adolescentes ocupados trabalham sem remuneração. Entre eles estão os que trabalham para o próprio consumo ou o próprio uso, ajudando a família em lavouras ou construções.
Em 2002, houve até mesmo um aumento do trabalho infantil na faixa etária de 15 a 17 anos, onde a parcela dos ocupados subiu de 31,5% para 31,8%.
Na faixa etária de 5 a 9 anos, a redução foi pequena: de 1,8% para 1,7%; no grupo de 10 a 14 anos, a queda foi de 11,6% para 11,3%.
A taxa de frequência escolar é menor para crianças e adolescentes que trabalham: 80%, contra 90% para o total da população.
Programas estatais de amparo à criança ou específicos para o problema, como o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, são apontados como causas da redução no trabalho infantil.
Para Ruy Pavan, oficial de projetos sociais do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), os números mostram a necessidade de intensificar e ampliar programas do tipo. "Esse é um problema mais concentrado na área rural", diz. (FE)


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