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Para deputados,
Redação também
analisava mérito
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Deputados constituintes ouvidos pela Folha confirmaram
que a Comissão de Redação da
Câmara, responsável só pela
revisão do texto da Carta aprovada em dois turnos no plenário, extrapolou sua função e se
transformou, na prática, em
uma "comissão de mérito".
A Comissão de Redação, na
prática, não pode alterar termos que mudem o sentido dos
artigos. O que ela faz é melhorar o texto para que o entendimento do artigo fique o mais
claro possível.
"Em parte, [a Comissão de
Redação] acabou se transformando em uma comissão de
mérito. Tudo era mérito, a Comissão [de Redação], a reunião
de líderes dos partidos, o gabinete do Ulysses Guimarães
[presidente da Constituinte]",
afirmou o hoje presidente nacional do PT, José Genoino.
Segundo ele, a situação se explicava pelo "turbilhão" de
emendas, pelas negociações infindáveis e pelos acordos de última hora. "Se não passou em
primeiro e segundo turno, foi
dado o conhecimento a todo
mundo. Nada foi feito de sacanagem, de ma-fé, foi fruto das
circunstâncias", afirmou.
Outro expoente das discussões, o presidente nacional do
PPS, Roberto Freire, argumenta que até hoje o regimento pode ser ignorado caso haja acordo entre os líderes partidários.
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