|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Alckmin desautoriza assessor e nega cortes no Orçamento
"Isso não consta do meu programa; pelo governo só falo eu", diz presidenciável
Declaração de economista prevendo corte de R$ 60 bi em gastos foi criticada por coordenador da campanha do PT, Marco Aurélio Garcia
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, desautorizou as declarações do
economista Yoshiaki Nakano,
um de seus principais assessores, que defendeu uma maior
intervenção do governo no
câmbio e cortes de gastos no
primeiro ano de governo.
Questionado sobre as declarações de Nakano, economista
da Fundação Getúlio Vargas
cotado para uma vaga no ministério num eventual governo tucano, Alckmin disse ontem que
desautoriza qualquer pessoa a
falar em seu nome: "Não vai
cortar. Isso não consta do meu
programa. Não tem nada disso,
não. Pelo governo só falo eu".
Nakano disse em entrevista à
Reuters na segunda-feira que
um de seus objetivos é cortar
cerca de R$ 60 bilhões em gastos anuais do governo para tentar equilibrar o Orçamento. As
declarações de Nakano foram
criticadas pelo coordenador da
campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, que divulgou nota
afirmando que "Alckmin quer
levar o país à recessão e o governo federal à inoperância".
Em resposta, o coordenador
da campanha de Alckmin, senador Sérgio Guerra, divulgou
nota "rebatendo mais uma onda de mentiras de Lula e seus
companheiros de PT".
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou as propostas de Nakano: ele disse que é
impossível cortar até 3% do
PIB: "São R$ 60 bilhões. Em
um ano, não tem condições".
Ele também criticou o controle
do câmbio: "Se baixar os juros
rapidamente e desvalorizar, os
dois movimentos exercem
pressão inflacionária porque
aumenta a demanda agregada e
encarece as importações".
Texto Anterior: Elio Gaspari: Lula, de onde é que veio o dinheiro? Próximo Texto: PT e Lembo divergem sobre gastos de tucano com viagens Índice
|