São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 2003 |
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ESCÂNDALO DO TRT-SP Prédio detonou prisão de juiz e cassação Obra de fórum tarda, mas acaba neste ano
DA REPORTAGEM LOCAL Depois de mais de dez anos, as obras do novo Fórum Trabalhista de São Paulo devem finalmente ser concluídas até o fim deste ano. O superfaturamento da construção foi o estopim do "escândalo Lalau", que culminou com a prisão do juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto e a cassação do senador Luiz Estevão, acusado de também se beneficiar do esquema. No total, o fórum vai abrigar 960 mil processos em andamento. Pelas duas torres de 19 andares devem passar cerca de 20 mil pessoas todos os dias, entre advogados, juízes, servidores e pessoas envolvidas nas ações. Em janeiro de 2004, já começa a mudança das 79 varas trabalhistas de primeira instância, tarefa que deve acabar só em abril. Atualmente, os processos estão espalhados por cinco prédios. O TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo) gasta cerca de R$ 500 mil mensais com manutenção. A obra começou em junho de 1993 e foi interrompida em outubro de 1998, por falta de dinheiro, depois de consumir quase R$ 240 milhões. As investigações apontaram um desvio de R$ 169,5 milhões. Entre seus bens, Santos Neto tinha um apartamento de US$ 800 mil em Miami e US$ 3,8 milhões depositados na Suíça e em Cayman. A obra ficou quase quatro anos parada. A construção do prédio foi retomada em setembro do ano passado, após nova licitação, vencida pela OAS. Dos R$ 55 milhões previstos, já foram gastos R$ 42,9 milhões. Faltam apenas acabamentos, como pintura, instalações elétricas e a colocação de uma cobertura sobre o vão entre as duas torres. (PEDRO DIAS LEITE) Texto Anterior: Mattos diz sofrer de depressão Próximo Texto: Política externa: Viegas envia mais soldados à Amazônia Índice |
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