São Paulo, quinta-feira, 11 de novembro de 2004

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Justiça negocia volta do dinheiro do "propinoduto"

DA SUCURSAL DO RIO

A Justiça do Rio negocia com autoridades suíças a devolução de US$ 33,6 milhões que estão bloqueados em contas de 12 condenados pelo envolvimento no chamado "propinoduto", esquema de corrupção de fiscais e auditores do Rio.
O juiz da 3ª Vara Criminal Federal do Rio, Lafredo Lisboa, e o desembargador André Fontes estão em Genebra, na Suíça, formalizando o pedido para o repatriamento do dinheiro.
"A data da repatriação depende dos tribunais superiores da Suíça. Mas uma coisa ficou certa: o dinheiro retornará", afirmou Lisboa, em entrevista à Rede Globo, por telefone. "Mais cedo ou mais tarde teremos e poderemos demonstrar uma movimentação financeira maior do que a que trabalhávamos", disse.
As contas dos fiscais e auditores eram no DBTC (Discount Bank and Trust Company, hoje Union Bancaire Privée).
Ao todo, a movimentação bancária dos fiscais e auditores nas contas na Suíça -considerando, portanto, valores sacados- chegou a US$ 61,6 milhões, segundo a Justiça Federal.
Em junho deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou que os cinco fiscais de renda do Estado e os sete auditores da Receita Federal fossem libertados para aguardar julgamento em liberdade, após um ano presos.
Vinte e dois réus acusados no processo do "propinoduto" foram condenados à prisão por crimes como concussão (crime cometido por funcionário público), lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Somadas, as penas chegaram a 248 anos e meio, de acordo com a sentença.


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