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POLÍTICA SOCIAL
Governo anuncia fiscalização do Bolsa-Família
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os conselhos municipais de assistência social e os comitês gestores do Fome Zero terão a responsabilidade daqui para frente de
fiscalizar o correto funcionamento nas cidades do Bolsa-Família,
principal bandeira social do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) anunciou ontem,
na Câmara, que assinará até hoje
duas portarias delegando a função da fiscalização até que sejam
criados comitês próprios de
acompanhamento do programa.
O anúncio de ontem é mais uma
tentativa de contornar a crise que
se abateu sobre o Bolsa-Família
desde que o governo reconheceu
que não fiscalizava o cumprimento da contrapartida ligada à educação (freqüência na escola).
Soma-se a isso a divulgação na
imprensa de irregularidades na
aplicação do programa em algumas cidades, entre elas pessoas
que recebiam o dinheiro sem estarem no perfil dos beneficiados.
"O ministério está tomando
providências imediatas em relação a todos os casos e denúncias,
mesmo as que não são comprovadas", afirmou Patrus na Câmara.
O Bolsa-Família atende hoje a
cerca de 5,38 milhões de famílias,
um aumento de 31% em relação
ao total atendido no início do ano,
segundo o governo. Pelo Bolsa-Família, o governo repassa de R$
15 a R$ 95 por mês às famílias.
A primeira portaria anunciada
delega a função de fiscalização e
acompanhamento do programa
aos conselhos de assistência e comitês gestores do Fome Zero. Segundo Patrus, a intenção é zelar
pela correta aplicação do dinheiro
e assegurar que a manutenção
dos filhos na escola e a aplicação
das vacinas disponíveis na rede
pública serão cumpridas.
A segunda portaria cria um grupo de trabalho para apresentar
uma proposta de criação de comitês específicos para o acompanhamento do Bolsa-Família.
(RANIER BRAGON)
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