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OUTRO LADO
Ex-tesoureiro e publicitário não se manifestam
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O publicitário Marcos Valério afirmou ontem, por
meio de sua assessoria, que
não comentaria o relatório
parcial da CPI dos Correios
porque o documento ainda
não tinha sido analisado por
seus advogados.
O relatório pede o indiciamento de Valério e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares por falsidade ideológica,
lavagem de dinheiro, fraude
em licitação, crime eleitoral
(caixa dois) e improbidade
administrativa. Ele tem sustentado a versão de que os
empréstimos bancários teriam sido baseados na "confiança" entre ele e o então tesoureiro do PT. A Folha deixou recados para o advogado de Delúbio, Arnaldo Malheiros, mas ele não havia
dado resposta até o fechamento desta edição. Valério
e Delúbio afirmam que o dinheiro foi usado para pagar
dívidas de campanhas.
O advogado do banco
BMG, Raphael Miranda,
contestou a afirmação de
que os empréstimos foram
de fachada e que essas operações seriam incompatíveis
com uma gestão responsável. Segundo ele, os valores
repassados a Valério são
muito pequenos se comparados ao patrimônio do banco. Miranda afirmou que os
contratos públicos foram garantias subsidiárias, as principais seriam o patrimônio dos sócios do publicitário.
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