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JUDICIÁRIO
Projetos prevendo reforma processual serão apresentados na quarta-feira
União vai pedir restrição de recursos
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro
Nelson Jobim, afirmou ontem
que, na próxima quarta-feira, o
governo federal irá apresentar sete projetos de lei para tentar desobstruir o Poder Judiciário.
Segundo ele, que fez palestra no
Sindicato dos Advogados do Rio,
consta dos projetos a redução da
acessibilidade de processos às instâncias superiores e o fortalecimento da Justiça dos Estados.
Na próxima semana, Jobim deverá participar de reunião no
Conselho Nacional de Justiça em
que mostrará o resultado parcial
do levantamento iniciado nos 96
tribunais do país. Segundo ele, até
março de 2005, o balanço deverá
estar concluído.
O ministro afirmou estar satisfeito com a parte aprovada da
emenda constitucional da reforma do Judiciário e enfatizou a necessidade de aprofundamento da
reforma processual. "O que se reformou foi a Constituição e a
Constituição é tudo. Essa reforma
foi ótima e, do meu ponto de vista, é necessário um aprofundamento do âmbito processual",
disse, reforçando a necessidade
de aumentar o grau de legitimidade dos juízes de primeiro grau.
Sobre o debate que envolve a
formação do Conselho Nacional
de Justiça, Jobim afirmou que era
esperada uma reação dos magistrados. "O debate é normal, faz
parte do jogo, temos de olhar para
a frente e não para trás."
Jobim disse que evita as discussões sobre controle interno e externo. "Acho que esse é um debate equivocado. O Conselho Nacional de Justiça precisa mostrar, antes de tudo, que é eficiente. O sistema tem funcionado."
O ministro participou de outro
seminário, à tarde, sobre a reforma do Judiciário, em que esteve
presente o presidente da Câmara,
João Paulo Cunha (PT-SP).
João Paulo afirmou que as reformas processuais, a que se referiu o ministro Nelson Jobim, irão
ser bem recebidas no Congresso.
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