São Paulo, sexta, 11 de dezembro de 1998

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CONGRESSO
Data escolhida foi defendida pelo presidente do Senado
Convocação extraordinária vai começar em 4 de janeiro

da Sucursal de Brasília

O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), ganhou mais uma queda-de-braço política envolvendo o Palácio do Planalto. Ele mostrou-se intransigente na defesa da convocação extraordinária do Congresso a partir de janeiro, contrariando o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), que havia anunciado a convocação para 16 de dezembro.
No início da noite, depois de um encontro, na Base Aérea de Brasília, entre ACM (que ia para a Bahia) e FHC (que voltava da reunião do Mercosul, no Rio), ficou acertado que a convocação será de 4 a 29 de janeiro. As prioridades para votação serão: Orçamento, CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), regulamentação da reforma administrativa e reforma tributária.
As divergências entre ACM e Temer tornaram-se públicas ontem e até o chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministro Clóvis Carvalho, foi envolvido no confronto. Carvalho defendeu a data anunciada por Temer, mas admitiu que não havia "o entendimento adequado'' entre os dois.
De forma implícita, ACM ameaçou não instalar o Congresso em 16 de dezembro, caso o governo enviasse a mensagem da convocação com essa data. "Quem convoca é o presidente da República, mas quem instala sou eu'', disse.
"Se o governo quiser mandar a mensagem convocando para 16 de dezembro, que mande. E vamos resolver na hora (se instala ou não)'', afirmou ACM.
Temer divulgou nota à imprensa dizendo ter sido informado por FHC , por telefone e depois pessoalmente, que a convocação seria a partir de 16 de dezembro.



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