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17 cartórios vão sofrer intervenção
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A Justiça do Amazonas determinou ontem a intervenção em 17
cartórios suspeitos de envolvimento com fraudes fundiárias.
Cinco administradores de cartórios foram afastados. A medida
foi anunciada após reunião entre
o presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, desembargador
Djalma Martins da Costa, e o ministro Raul Jungmann.
Segundo o ministro, 900 grileiros detêm uma área de 50 milhões
de hectares no Estado. De acordo
com o desembargador Costa, nos
próximos 30 dias serão anulados
os registros de escrituras de terras
que foram invadidas em áreas
pertencentes à União, totalizando
3,4 milhões de hectares.
Afastamento
Os titulares dos cartórios de Canutama, Novo Aripuanã, Tapauá,
Lábrea e Pauini serão afastados da
função. "Baixaremos um ato anulando essas escrituras e, em seguida, determinando que qualquer
registro de gleba rural acima de 10
mil hectares só possa ser feito pelo
oficial de registro com parecer do
Ministério Público, do Incra e do
Tribunal de Justiça", disse Costa,
acrescentando que os titulares
dos cartórios serão investigados.
Ele não quis comentar a acusação de envolvimento do ex-corregedor da Justiça Daniel Ferreira
da Silva, que é o vice-presidente
do TJ. "Eu quero que vocês me
privem desse constrangimento",
disse aos jornalistas.
Com a decisão da Justiça, Falb
Saraiva de Farias perde 1,2 milhão
de terras -nesse caso, fica nulo o
registro de 104 mil hectares que
ele doou à ONG (organização
não-governamental) Amazonas
Forever Green, em Canutama.
Segundo o recém-empossado
presidente do Ibama, Hamilton
Casara, o órgão vai cancelar o título de RPPN (Reserva de Particular de Preservação Natural) que
a ONG conquistou em 1994.
(KB)
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