DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) manteve ontem a postura enigmática dos últimos dias com relação à sua "candidatura avulsa" para a presidência da Câmara, prolongando a tensão da articulação que negocia a "saída honrosa" do mineiro em favor do nome da bancada, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP).
O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), esteve ontem em Brasília para ajudar no recuo da virtual candidatura de Virgílio, mas ambos teriam apenas se falado por telefone.
O desencontro poupou os dois de uma demonstração de resultado imediato, porém alimentou o mistério sobre quais serão os próximos passos de Virgílio.
Segundo seus apoiadores, Virgílio continua "candidatíssimo" e os números da pesquisa Sensus, divulgada oficialmente ontem, apontariam para a necessidade de retirada de Greenhalgh. O movimento Câmara Forte, que encomendou o levantamento, não quer um embate, apenas a substituição de candidatos -hipótese quase impossível.
Considerada uma movimentação do "baixo clero", esse grupo quer um candidato com "trânsito", isto é, com perfil de canalizador das pressões parlamentares. Greenhalgh é tido como figura rígida e de difícil trato.
Após uma reunião com o ministro Aldo Rebelo (Coordenação Política) ontem no Planalto, Virgílio reclamou da decisão do PT e da base aliada pela busca de uma chapa única.


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