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Esquerda faz hoje ato pró-Itamar
da Reportagem Local
Os principais partidos de esquerda fazem hoje, às 15 horas, na Câmara dos Deputados, um ato de
desagravo ao governador de Minas, Itamar Franco (PMDB).
Itamar suspendeu por 90 dias o
pagamento das dívidas do Estado
com a União. A intenção dos líderes de esquerda é evitar o isolamento do peemedebista e impedir
o esvaziamento do encontro dos
governadores de oposição, que será no dia 18, em Belo Horizonte.
Hoje, governadores alinhados
com o presidente Fernando Henrique Cardoso fazem uma reunião
em São Luís (MA) para mostrar
que são contra a moratória.
"O governo está tentando desmoralizar o Itamar. Mas o que ele
fez foi um gesto para buscar a negociação. Esse é o objetivo de todos os governadores. Quem está
dizendo que vai poder pagar essa
dívida é hipócrita", disse o presidente nacional do PT, José Dirceu.
O ato de hoje reunirá líderes do
PT, PDT, PSB e PC do B. O presidente de honra do PT, Luiz Inácio
Lula da Silva, e o presidente do
PDT, Leonel Brizola, participarão
do encontro.
Pelo PSB, falará o vice-presidente do partido, Roberto Amaral. O
representante do PC do B será o vice-presidente da legenda, Renato
Rabelo. Os quatro partidos apoiaram a candidatura de Lula à Presidência da República.
No final da reunião, os partidos
vão divulgar uma nota apoiando
Itamar e em defesa da renegociação das dívidas estaduais.
Com esse gesto, a esquerda quer
forçar uma negociação política entre o governo federal e os Estados,
tentando empurrar FHC para o
diálogo com os governadores.
Outro objetivo é preparar o terreno para que haja unidade entre
os governadores de oposição na
reunião do dia 18, quando eles devem apresentar uma proposta
conjunta para superar o impasse.
A atitude de Itamar foi criticada
pelo governador do Rio, Anthony
Garotinho (PDT), que considerou
a decisão do colega precipitada.
Além disso, os próprios governadores petistas têm evitado a defesa
explícita da moratória.
Os partidos de esquerda planejam ainda organizar várias manifestações públicas nas principais
capitais brasileiras contra os juros
altos, em defesa do emprego e pela
retomada do desenvolvimento.
(PATRÍCIA ANDRADE)
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