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SEGUNDO MANDATO
José Roberto Mendonça de Barros dará consultoria a ministério
Planalto confirma indicado de vice na Caixa Econômica
da Sucursal de Brasília
O porta-voz da Presidência da
República, Sergio Amaral, afirmou
que o ministro Pedro Malan (Fazenda) convidou ontem Emílio
Carazzai para presidir a CEF (Caixa Econômica Federal). Na semana passada, Malan chegou a vetar a
indicação de Carazzai para a Caixa.
Amaral anunciou que o ex-presidente da CEF Sergio Cutolo vai assumir a nova Secretaria de Estado
para o Desenvolvimento Urbano,
inicialmente planejada para ser
um ministério.
Cutolo, segundo Amaral, vai se
responsabilizar pelas políticas de
saneamento e habitação e deve ser
subordinado diretamente ao Palácio do Planalto. Cutolo, segundo
Amaral, vai integrar o Conselho
Administrativo da CEF e será ouvido nos empréstimos concedidos
pela instituição.
²
Petrobrás e BNDES
Os cargos de direção na Petrobrás e no BNDES serão escolhidos
pelo presidente Fernando Henrique Cardoso sem "indicações partidárias", disse ontem o ministro
Pimenta da Veiga (Comunicações). "Petrobrás e BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) são assuntos
sobre os quais o presidente quer
refletir pessoalmente, porque a escolha não será ligada a indicações
partidárias", afirmou Pimenta, articulador político do governo.
Pimenta disse que seu antecessor
no cargo, Luiz Carlos Mendonça
de Barros, não voltará como presidente da Petrobrás. "Não existe indicação de volta imediata do Luiz
Carlos. A volta dele pode se dar a
qualquer momento futuro, mas
não pela Petrobrás."
²
Estudo
O ex-secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior José
Roberto Mendonça de Barros, irmão de Luiz Carlos, vai elaborar
estudo sobre as cadeias produtivas
brasileiras para o Ministério do
Desenvolvimento.
Mendonça de Barros afirmou à
Folha que o estudo deverá servir
como base para o ministério formular um modelo de política industrial para o país. Será elaborado em parceria com a economista
Lídia Goldenstein, assessora especial da presidência do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O trabalho deverá ser concluído
em dois meses. Vai incluir basicamente os 58 setores que hoje são
alvos do PEE (Programa da Estímulo às Exportações), uma das
iniciativas da Camex para que as
exportações alcancem US$ 100 bilhões no ano 2000.
Ele ainda afirmou que não vai
compor a equipe do ministro do
Desenvolvimento, Celso Lafer.
José Roberto deixou a Camex no
último dia 22 de novembro em solidariedade a Luiz Carlos, quando
ele saiu do governo, após a divulgação de escuta telefônica sobre
conversas envolvendo a privatização da Telebrás.
Ontem pela manhã, Lafer recebeu em seu gabinete o empresário
Helio Mattar. Ele deverá assumir
uma secretaria que reunirá as antigas secretarias de Política Industrial, de Tecnologia Industrial e de
Comércio e Serviços do MICT.
O ex-ministro José Israel Vargas
(Ciência e Tecnologia) foi nomeado assessor especial do ministro
Clóvis Carvalho (Casa Civil). O salário do ministro como assessor
especial será de R$ 5.200. Como
ministro, ele recebia R$ 8.000.
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