São Paulo, terça, 12 de janeiro de 1999

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SEGUNDO MANDATO
José Roberto Mendonça de Barros dará consultoria a ministério
Planalto confirma indicado de vice na Caixa Econômica

da Sucursal de Brasília

O porta-voz da Presidência da República, Sergio Amaral, afirmou que o ministro Pedro Malan (Fazenda) convidou ontem Emílio Carazzai para presidir a CEF (Caixa Econômica Federal). Na semana passada, Malan chegou a vetar a indicação de Carazzai para a Caixa.
Amaral anunciou que o ex-presidente da CEF Sergio Cutolo vai assumir a nova Secretaria de Estado para o Desenvolvimento Urbano, inicialmente planejada para ser um ministério.
Cutolo, segundo Amaral, vai se responsabilizar pelas políticas de saneamento e habitação e deve ser subordinado diretamente ao Palácio do Planalto. Cutolo, segundo Amaral, vai integrar o Conselho Administrativo da CEF e será ouvido nos empréstimos concedidos pela instituição.
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Petrobrás e BNDES
Os cargos de direção na Petrobrás e no BNDES serão escolhidos pelo presidente Fernando Henrique Cardoso sem "indicações partidárias", disse ontem o ministro Pimenta da Veiga (Comunicações). "Petrobrás e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) são assuntos sobre os quais o presidente quer refletir pessoalmente, porque a escolha não será ligada a indicações partidárias", afirmou Pimenta, articulador político do governo.
Pimenta disse que seu antecessor no cargo, Luiz Carlos Mendonça de Barros, não voltará como presidente da Petrobrás. "Não existe indicação de volta imediata do Luiz Carlos. A volta dele pode se dar a qualquer momento futuro, mas não pela Petrobrás."
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Estudo
O ex-secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior José Roberto Mendonça de Barros, irmão de Luiz Carlos, vai elaborar estudo sobre as cadeias produtivas brasileiras para o Ministério do Desenvolvimento.
Mendonça de Barros afirmou à Folha que o estudo deverá servir como base para o ministério formular um modelo de política industrial para o país. Será elaborado em parceria com a economista Lídia Goldenstein, assessora especial da presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O trabalho deverá ser concluído em dois meses. Vai incluir basicamente os 58 setores que hoje são alvos do PEE (Programa da Estímulo às Exportações), uma das iniciativas da Camex para que as exportações alcancem US$ 100 bilhões no ano 2000.
Ele ainda afirmou que não vai compor a equipe do ministro do Desenvolvimento, Celso Lafer.
José Roberto deixou a Camex no último dia 22 de novembro em solidariedade a Luiz Carlos, quando ele saiu do governo, após a divulgação de escuta telefônica sobre conversas envolvendo a privatização da Telebrás.
Ontem pela manhã, Lafer recebeu em seu gabinete o empresário Helio Mattar. Ele deverá assumir uma secretaria que reunirá as antigas secretarias de Política Industrial, de Tecnologia Industrial e de Comércio e Serviços do MICT.
O ex-ministro José Israel Vargas (Ciência e Tecnologia) foi nomeado assessor especial do ministro Clóvis Carvalho (Casa Civil). O salário do ministro como assessor especial será de R$ 5.200. Como ministro, ele recebia R$ 8.000.



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