São Paulo, terça-feira, 12 de fevereiro de 2002

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CÂMARA

Tucano foi último líder do governo militar na Casa

Morre aos 63, de infarto, deputado federal gaúcho Nelson Marchezan

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O deputado federal Nelson Marchezan, presidente do PSDB no Rio Grande do Sul, morreu ontem, aos 63 anos (completaria 64 no dia 4 de maio), após sofrer um infarto fulminante. Marchezan estava em seu sítio, no município de Pantano Grande (RS).
Foi levado para um hospital, mas morreu antes de chegar. Era casado e pai de cinco filhos.
Último líder de um governo militar, o de João Baptista Figueiredo, na Câmara, o político, natural de Santa Maria (RS), começou sua carreira no antigo PDC.
Depois, no bipartidarismo, optou pela Arena. Seguiu para dois sucessores do partido, o PDS e o PPR. Quando o PPR se uniu a outros partidos menores e formou o PPB, trocou a sigla pelo PSDB, em 1995. De acordo com ex-companheiros seus, sua saída se deveu a discordâncias com Paulo Maluf, principal expoente da sigla.
Antes de se filiar a partidos políticos, manteve militância nos movimentos estudantis, sendo eleito vereador com 21 anos e deputado estadual aos 24. Bancário e advogado por formação, foi reeleito deputado federal com 52.410 votos, pelo PSDB. Era um incentivador da candidatura do ministro José Serra (Saúde) à Presidência.
Estava em seu quinto mandato, após ter sido presidente da Câmara, no período 81-83. Sua carreira política incluiu cargos no Executivo, como o de secretário estadual do Trabalho e Ação Social Governo do Rio Grande do Sul (72-74) e secretário nacional de Comunicações (92). Marchezan presidiu a CPI dos Medicamentos, em 2001, e foi autor da lei que instituiu a renda mínima vinculada à educação, a Bolsa-Escola.



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