São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

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Novo comando militar deve ser anunciado

Presidente Lula pode definir ainda nesta semana os nomes dos novos comandantes das Forças Armadas

DA COLUNISTA DA FOLHA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai esperar a reforma ministerial para anunciar, provavelmente nesta semana, o nome dos três novos comandantes militares. Trata-se de decisão não sujeita a pressões políticas e cuja demora prejudica o calendário de nomeações das Forças Armadas.
Para evitar tensões em área sensível, Lula vai seguir o critério de antigüidade e os atuais comandantes do Estado-Maior das Forças são os mais cotados.
No Exército, sai o general Francisco Albuquerque e deve entrar o general-de-Exército Renato César Tibau da Costa, que já comandou a Brigada de Pára-Quedistas no Rio.
Na Marinha, quem deverá assumir o comando da Força no lugar do almirante Roberto de Guimarães Carvalho é o almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto, o mais antigo entre os oficiais quatro estrelas da ativa. A Força já dava como certa a nomeação do almirante Euclides Janot Matos, mas ele entrou compulsoriamente (por idade ou tempo) para a reserva.
Na Aeronáutica, há dois brigadeiros-do-ar na linha de sucessão: o chefe do Estado-Maior, Junito Saito, e o comandante-geral de Operações Aéreas, William Barros. Um irá para o comando geral da Força, no lugar do brigadeiro Luiz Carlos Bueno, e o outro deverá assumir uma cadeira no STM (Superior Tribunal Militar).
Além de ser o mais antigo e o atual comandante do Estado-Maior, Saito é descendente direto de japoneses. Como o imperador japonês, Akihito, deve vir ao Brasil em 2008, o Planalto vê com simpatia a possibilidade de ostentar Saito num cargo importante do governo.
Barros tende para a vaga no STM, mas a nomeação terá de ser antes de 31 de março, quando ele e Saito caem na chamada "expulsória" e vão para reserva.
Bueno, que deixa o cargo, enfrentou uma das fases mais duras da história da FAB, com a explosão do VLS (Veículo Lançador de Satélites), em 2003; o acidente do Boeing da Gol, em 2006; e a operação-padrão dos controladores de vôo. (EC)


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