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Ex-dirigente da Caixa
depõe sobre a GTech
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ex-vice-presidente de Logística
da CEF (Caixa Econômica Federal) até fevereiro do ano passado,
Mário Haag prestou ontem um
depoimento considerado "extremamente esclarecedor" à Polícia
Federal, na visão dos próprios investigadores. O teor não foi divulgado, mas o principal assunto debatido foi a renovação de contrato
do banco estatal com a GTech,
multinacional que controla as loterias do país, em janeiro de 2003.
"Sou um técnico. Dei explicações técnicas. Se gosto, gosto, se
não gosto, digo do mesmo jeito",
limitou-se a dizer Haag aos jornalistas, ao final do depoimento.
O sigilo também se justifica por
uma estratégia da PF. Hoje, serão
ouvidos o ex-presidente Antonio
Carlos Lino Rocha e o ex-diretor
Marcelo Rovai, ambos da GTech.
Eles serão confrontados com as
informações de Haag, que entregou ao delegado Antônio César
Fernandes Nunes diversos documentos da CEF, como "relatórios,
pareceres e circulares que consubstanciaram o depoimento".
Haag depôs no inquérito que
apura suposta corrupção praticada pelo ex-assessor da Presidência Waldomiro Diniz, exonerado
após ser divulgado vídeo de 2002
no qual pede propina ao empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o "Carlinhos Cachoeira".
Dias antes da exoneração em fevereiro, Messias Ribeiro Neto e
Carlos Roberto Martins, ligados
ao jogo e ex-sócios de Cachoeira,
disseram ao Ministério Público
que Waldomiro havia atuado na
renegociação de contrato entre a
CEF e a GTech em abril, o que ambas negam. A renovação foi por
25 meses, a despeito de pareceres
internos contrários ao prazo por
considerá-lo longo.
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