da Reportagem Local

A leitura do processo que apurou o comportamento do economista Paulo de Tarso Venceslau mostra que o relatório final da Comissão Especial de Investigação do Caso Cpem foi bastante explícito na condenação à conduta de Roberto Teixeira - para ele sugerindo uma processo ético disciplinar mais grave que o de Venceslau.
O Diretório Nacional do PT acatou apenas o processo contra o economista.
Composta pelo deputado federal Hélio Bicudo, pelo vereador José Eduardo Martins Cardoso e pelo economista Paul Singer, a Comissão Especial considerou o seguinte sobre o comportamento de Roberto Teixeira: "Que Roberto Teixeira tentou deliberadamente em todo o seu depoimento encobrir sua atuação de apresentar à Cpem a prefeituras administradas pelo PT, apesar de todas as manifestações anteriores e das demais evidências apontadas por esta comissão de investigação. Efetivamente, Roberto Teixeira não queria que sua atuação em favor da Cpem fosse caracterizada".
"Efetivamente o próprio Roberto Teixeira avalia que em alguma medida a sua conduta fugiu dos rígidos padrões éticos que o Partido dos Trabalhadores espera ser seguido por quaisquer de seus militantes". "É impossível não reconhecer uma grave falta ética em sua conduta posterior, quando toma ciência de que a atuação da Cpem poderia ter irregularidades."
"É impossível negar, pois, que Roberto Teixeira não soubesse da suspeita de fraude na atuação da Cpem em São José dos Campos, e da possibilidade de que a fórmula de pagamento emboçada em contratos-padrão firmados por esta empresa não pudesse qualificar um verdadeiro engodo para os prefeitos que receberam sua indicação. Como militante do Partido dos Trabalhadores, nesse momento, passou a ter o dever ético de informar Luiz Inácio Lula da Silva (a quem originalmente havia referenciado o serviço). Dentro do possível, como advogado e tendo acesso à Cpem, deveria ter ido a fundo nas investigações." (LMC)



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