São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

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Caixa não vai punir nenhum dos envolvidos em violação de sigilo

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A investigação aberta na Caixa Econômica Federal para apurar a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa apresentou ontem relatório sem punir nenhum funcionário. Em nota, a estatal insiste em que a ordem dada pelo então presidente do banco, Jorge Mattoso, para extração de dados da conta do caseiro, em 16 de março, não seria ilegal. Concluíram que, portanto, os funcionários que acataram a ordem de Mattoso não devem ser punidos.
Em nota, a Caixa diz que "a comissão examinou os procedimentos funcionais dos empregados diretamente envolvidos no episódio, concluindo pela inexistência, em seus comportamentos, de infração à lei e às normas internas da Caixa". "Na convicção dos membros da comissão, os empregados agiram no cumprimento de determinação de superior hierárquico, não considerada ilegal."
Ao iniciar a investigação, quatro dias após a violação do sigilo, a Caixa informou que as punições poderiam ir de uma simples advertência à demissão. Além de Mattoso, que foi demitido, três funcionários teriam participado da operação: o consultor da presidência Ricardo Schumann, a superintendente da área de recursos humanos, Sueli Mascarenhas, e o gerente Jeter Ribeiro.
A juíza Maria de Fátima Pessoa, da 10ª Vara Federal, decretou ontem que o inquérito da Polícia Federal sobre a violação será conduzido em "segredo de Justiça". Essa decisão foi tomada em conseqüência da quebra dos sigilos bancário e fiscal do caseiro autorizada anteontem pela juíza.
Ontem, também foi negado pela juíza Maria de Fátima Pessoa o pedido dos procuradores da República que queriam o arquivamento de uma parte do inquérito da PF que apura depósitos na conta do caseiro.


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