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Caixa não vai punir nenhum dos envolvidos em violação de sigilo
MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A investigação aberta na Caixa
Econômica Federal para apurar a
quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa apresentou ontem relatório sem punir nenhum funcionário. Em nota, a estatal insiste em que a ordem dada
pelo então presidente do banco,
Jorge Mattoso, para extração de
dados da conta do caseiro, em 16
de março, não seria ilegal. Concluíram que, portanto, os funcionários que acataram a ordem de
Mattoso não devem ser punidos.
Em nota, a Caixa diz que "a comissão examinou os procedimentos funcionais dos empregados diretamente envolvidos no
episódio, concluindo pela inexistência, em seus comportamentos,
de infração à lei e às normas internas da Caixa". "Na convicção dos
membros da comissão, os empregados agiram no cumprimento de
determinação de superior hierárquico, não considerada ilegal."
Ao iniciar a investigação, quatro
dias após a violação do sigilo, a
Caixa informou que as punições
poderiam ir de uma simples advertência à demissão. Além de
Mattoso, que foi demitido, três
funcionários teriam participado
da operação: o consultor da presidência Ricardo Schumann, a superintendente da área de recursos
humanos, Sueli Mascarenhas, e o
gerente Jeter Ribeiro.
A juíza Maria de Fátima Pessoa,
da 10ª Vara Federal, decretou ontem que o inquérito da Polícia Federal sobre a violação será conduzido em "segredo de Justiça". Essa
decisão foi tomada em conseqüência da quebra dos sigilos
bancário e fiscal do caseiro autorizada anteontem pela juíza.
Ontem, também foi negado pela
juíza Maria de Fátima Pessoa o
pedido dos procuradores da República que queriam o arquivamento de uma parte do inquérito
da PF que apura depósitos na
conta do caseiro.
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