CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PSDB decidiu encomendar uma bateria de pesquisas para avaliar a imagem do candidato do partido à Presidência, Geraldo Alckmin. Segundo o coordenador-geral da campanha, senador Sérgio Guerra (PE), será feito um pacote com uma grande pesquisa e acompanhamento até junho. A idéia surge num momento em que, preocupados com seu desempenho nas pesquisas, aliados insistem numa mudança do perfil do candidato. Outros defendem que fique como está.
Reunida anteontem em Brasília, a cúpula do partido decidiu elaborar um modelo fixo de agenda de viagens ao Nordeste, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem seus melhores índices. Segundo Guerra, ele visitará ao menos um Estado por semana. A estratégia começa na Semana Santa, quando passará dois dias em Pernambuco. O roteiro inclui Nova Jerusalém, Porto de Galinhas, Feira de Caruaru, Gravatá e Porto de Suape. Na segunda e na terça, Alckmin irá a Cuiabá e Rondonópolis (MT).
Ele também deverá estar semanalmente em Brasília e visitará o Congresso para melhorar a articulação com as bancadas do PSDB e do PFL.
O governador de São Paulo, Claudio Lembo, saiu ontem em defesa de Alckmin ao dizer que as suspeitas de irregularidades contra o tucano representam "situações marginais". Sobre os vestidos doados à ex-primeira-dama, Lembo afirmou que "toda mulher é uma expositora de vestidos". Sobre a suspeita de favorecimento ao acupunturista Jou Eel Jia com verbas estaduais, disse que a acusação não passa de "gracejo".
Também ontem, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), se reuniu com Alckmin para cobrar sua intervenção onde tucanos e pefelistas não se acertam: Maranhão, Bahia, Sergipe, Distrito Federal, Rio, Paraná e Goiás. Na Bahia e no Maranhão, os partidos estão em palanques opostos. Para Bornhausen, o mais importante é vencer a eleição para presidente. "É preciso que a gente dê preferência à eleição nacional."


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