São Paulo, domingo, 12 de maio de 2002

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Executivos dizem que foi paga parte da suposta propina a Ricardo Sérgio

DA REDAÇÃO

A suposta propina cobrada por Ricardo Sérgio, ex-diretor do Banco Brasil, do empresário Benjamin Steinbruch por ocasião da privatização da Companhia Vale do Rio Doce foi parcialmente paga, segundo a última edição das revistas "Veja" e "Época".
De acordo com a "Veja", dois membros do conselho de administração da Vale entre 97 e 98, que pediram para não ser identificados, afirmam que os comentários à época na empresa eram de que pelo menos US$ 6 milhões foram pagos -uma segunda parcela deixou de ser desembolsada.
Segundo a revista, outras duas pessoas, empresários amigos de Steinbruch, também não identificados, dizem ter ouvido dele relato sobre a propina. Um deles afirmou que o presidente da CSN declarou ter pago um primeiro pedido de Ricardo Sérgio e negado um segundo, feito um ano depois.
Outro empresário afirmou que o pagamento teria sido feito pelo empresário italiano Bruno Bolfo. À revista, Bolfo diz ter sido sondado a fazer "pagamento" para ajudar Steinbruch, mas que não o fez.
Segundo a "Época", um executivo envolvido com a privatização da Vale afirma que Steinbruch estava convencido de que Ricardo Sérgio, ao pedir a comissão, falava pelo PSDB, mas que, ao descobrir que o dinheiro ficava com o diretor do BB, decidiu não pagar mais nada. Em nota divulgada esta semana, Ricardo Sérgio chamou a acusação de "mentira sórdida".



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