DA REPORTAGEM LOCAL

Para demarcar a oposição do pepebista ao governo de Geraldo Alckmin, a equipe de marqueting do PPB irá trabalhar para substituir a tradicional frase de campanha "Maluf faz" pelo "Maluf resolve" -slogan que deverá ser mantido durante a campanha. As obras públicas, marca registrada do ex-prefeito, deverão ficar para um segundo plano.
A equipe de campanha irá utilizar os 21 minutos de horário partidário de televisão, disponíveis entre maio e junho, para reforçar o suposto espírito de liderança de Maluf e para apresentá-lo como um administrador capaz de gerenciar os problemas do Estado.
"Queremos conquistar o eleitor insatisfeito com os quase oito anos de governo tucano", afirma o marqueteiro José Maria Braga.

Jovens e mulheres
Os pepebistas querem conquistar ainda um espaço maior entre os jovens e as mulheres -o perfil do eleitor de Maluf é predominantemente masculino e tem mais de 45 anos.
O grande desafio, no entanto, será driblar o que promete ser o maior estorvo para o pré-candidato nesta eleição: a investigação do Ministério Público sobre uma conta milionária mantida por Maluf no exterior.
No dia 10 de junho de 2001, a Folha revelou a existência de US$ 200 milhões em contas que têm como beneficiários o ex-prefeito e seus familiares. Esse dinheiro está depositado na ilha de Jersey, paraíso fiscal do Reino Unido.
Maluf sempre negou a existência das contas.
O partido diz que não irá tocar no assunto. Mas afirma que, se os adversários provocarem, irá responder na mesma moeda. Tudo será creditado a uma perseguição política comandada pelos tucanos. "Se jogarem sujo, também jogaremos", diz Braga.
Além da campanha de TV e de rádio, Maluf investe também no corpo-a-corpo com os eleitores. Desde janeiro, o ex-prefeito já visitou cerca de 220 cidades do interior de São Paulo. Ele passa o dia concedendo entrevistas a jornais e rádios locais. "O candidato precisa ser visto, tocado, amado e odiado, faz parte do espetáculo", afirmou Braga. (LC)



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