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Para fundos, acordo foi fundamental
DA REPORTAGEM LOCAL
Os presidentes da Previ, da Petros e da Funcef afirmaram, em
documento elaborado sobre o caso Brasil Telecom, que os entendimentos dos fundos de pensão
com o Citibank "foram e são fundamentais para fazer prevalecer a
vontade dos investidores".
O relatório sobre o contencioso
da Brasil Telecom, com a visão
dos fundos, foi concluído em janeiro. Ontem, o documento foi
divulgado no site oficial do PT,
com o título: "Fundos elaboram
documento sobre Daniel Dantas,
beneficiado na gestão FHC".
A gestão irregular do Opportunity teria gerado prejuízos de
R$ 361 milhões à Brasil Telecom,
informam os fundos.
O acordo com o Citi, dizem, foi
indispensável para os investidores porque "existem fartas provas
de que o Opportunity e a Telecom
Italia desejavam comprar a participação do Citibank nas empresas, deixando o fundo nacional e
os co-investidores em situação
extremamente frágil".
Os três fundos adquiriram as
três telefônicas -Brasil Telecom,
Telemig Celular e Amazônia Celular- nas privatizações do governo FHC. O Opportunity, de
Daniel Dantas, era o gestor original do consórcio vencedor.
Os presidentes da Previ, Sérgio
Rosa, da Petros, Wagner Pinheiro
de Oliveira, e da Funcef, Guilherme Narciso de Lacerda, afirmam
que o Opportunity foi afastado da
administração dos investimentos
porque muitas vezes agiu sem levar em conta a vontade dos sócios
majoritários do negócio.
"Nesse cenário, a menos que se
pretendesse rasgar os compromissos com a administração profissional e ética dos recursos dos
trabalhadores, a única alternativa
possível era enfrentar os abusos
praticados contra o patrimônio
dos participantes", afirmaram.
Para os fundos, a gestão do Opportunity era irregular e criava
"ambiente de insegurança para o
conjunto dos investidores".
A complexa estrutura societária
da Brasil Telecom, afirmam os
fundos, foi um mecanismo que
contribuiu "para colocar os investidores brasileiros em situação
perigosa". Os problemas começaram, segundo o relatório, em
2000, quando as contas apresentadas pelo gestor foram rejeitadas
pelos investidores. Em abril de
2004, por ação judicial, o Opportunity foi retirado da gestão do
fundo nacional das empresas.
As irregularidades teriam levado o fundo estrangeiro a também
romper com o Opportunity, que
foi destituído pelo Citi.
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