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Governo defende criação de um "Ibope estatal"
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Integrantes do governo Lula
e representantes de televisões
estatais, educativas e comunitárias defendem a criação de
um Ibope estatal com "novos
parâmetros de aferição de audiência e qualidade que contemplem os objetivos para os
quais a TV Pública foi criada".
Eles também indicam que o
Estado brasileiro terá a função
de construir e operar a infra-estrutura tecnológica da futura
rede pública de TV, que estreará em 2 de dezembro, data do
início da transmissão do sinal
da TV digital aberta no país.
As idéias fazem parte da Carta de Brasília, lida ontem no encerramento do 1º Fórum Nacional de TVs Públicas, no qual
esses representantes discutiram o tema desde terça-feira.
A carta praticamente repete
o conceito de TV pública defendido pelo governo. Afirma que
o financiamento deve ter origem de orçamentos públicos,
incentivos fiscais, patrocínios e
doações, com a utilização de
fundos não-contingenciáveis.
Pede o aumento da produção
independente e regional na
programação das TV"s e a criação de um conselho gestor, "representativo da sociedade, no
qual o Estado ou o Governo não
devem ter maioria".
O documento também sugere que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) auxilie "para
encontrar mecanismos de financiamento, por meio do fundo social do banco de fomento,
da migração digital das TV"s
Públicas".
Na abertura do fórum, o ministro da Comunicação Social,
Franklin Martins, disse que a
futura TV pública deverá ter recursos fixos provenientes de
pelo menos três fundos. Um deles seria formado por uma parcela de fundos constitucionais
da área de comunicação já existentes para destinar recursos à
rede pública de TV. Ontem,
Franklin voltou a falar que "nenhuma taxa será cobrada" da
população para recursos para a
nova TV, referindo-se à forma
de financiamento utilizada pela
rede britânica BBC.
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