São Paulo, terça, 12 de maio de 1998

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Brasil é o principal mercado para Scania

ANTONIO CARLOS SEIDL
da Reportagem Local

Da antiga fábrica da Scania em São Bernardo do Campo (SP), que foi o palco do início da onda de greves no ABC paulista há 20 anos, só restam as paredes externas.
De 1994 a 1997, a Scania, que atua no Brasil há 40 anos, investiu US$ 255 milhões na ampliação e modernização de seu parque industrial no país, a primeira e a maior instalação industrial da empresa fora da Suécia.
A Scania emprega atualmente 2.700 pessoas no Brasil. Em 1978, no auge das greves no ABC paulista, tinha 3.300 funcionários.
A Scania, uma das maiores fabricantes mundiais de caminhões pesados, ônibus e motores diesel industriais e marítimos, foi fundada em 1891 na Suécia.
Dispondo da última palavra em tecnologia industrial, a nova fábrica está produzindo, desde março deste ano, um novo modelo de caminhão, a chamada Série 4, cuja principal característica é o alto conteúdo eletrônico.
O Brasil é o maior mercado da Scania no mundo. A subsidiária brasileira da Scania teve um faturamento de US$ 700 milhões no país em 1997 (US$ 600 milhões em 1996), representando 14% das receitas globais do grupo sueco.
No ano passado, a empresa comemorou a venda recorde de 7.050 caminhões pesados no país, mantendo a liderança desse mercado com uma participação de 39,5%. No mesmo período vendeu 1.351 ônibus. A empresa exportou 633 veículos entre caminhões pesados e ônibus no ano passado.
O presidente da Scania Latin America (a sede é no Brasil), Hans Hedlund, diz que o Brasil "sempre foi e sempre será" um local estratégico para as atividades da empresa na América Latina.
A Scania iniciou suas operações no país em 2 de julho de 1957 sob o nome Scania Vabis do Brasil Motores Diesel. A capacidade de produção é hoje de 13 mil veículos entre caminhões pesados e ônibus e de 1.300 motores por ano.
As outras fábricas da empresa na América Latina ficam na Argentina e no México. A região é responsável por cerca de 20% das vendas mundiais do grupo que foram de US$ 5 bilhões no ano passado.



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