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PRECATÓRIOS
Medida quer derrubar deliberação tomada na sexta-feira
Promotor recorre de decisão
sobre prisão de Maluf e Pitta
da Reportagem Local
O promotor Roberto Ilha da Silva, da 8ª Vara da Justiça Federal
em São Paulo, vai entrar hoje com
recurso contra a decisão da juíza
federal Adriana Pileggi de Soveral,
que negou na sexta-feira passada o
pedido de prisão provisória contra
o prefeito de São Paulo, Celso Pitta, e o ex-prefeito Paulo Maluf.
O pedido de prisão havia sido
feito no início da semana passada
pelo delegado Gilberto Américo,
da Polícia Federal, que investigou
a emissão irregular de títulos públicos por parte da prefeitura.
O delegado acusou Pitta e Maluf
de falsidade ideológica e uso de
documentos falsos. Ele sugeriu
que, caso a Justiça considere necessário interrogá-los, deveria decretar a prisão provisória, pois estariam se recusando a depor.
Segundo o promotor Silva, a juíza não cumpriu uma determinação da lei da prisão preventiva que
estabelece que o Ministério Público deve se pronunciar no processo
antes da decisão da Justiça.
Além disso, o promotor vai argumentar que a prisão ou não de
prefeitos só pode ser decidida pelo
Tribunal Regional Federal e não
pela Justiça de primeira instância.
O promotor não quis adiantar se
irá fazer novo pedido de prisão
contra Pitta e Maluf.
No despacho da juíza Pileggi que
está sendo contestado pelo promotor, ela lembra que o pedido de
prisão foi sugerido pelo delegado
porque Maluf e Pitta estariam se
recusando a depor. "Mas é afirmado pela defesa que estão à disposição da PF para prestarem esclarecimentos no interesse maior
da Justiça", afirmou ela.
Por esse motivo, a juíza afirmou
que o pedido de prisão é "descabido".
(LUIS HENRIQUE AMARAL)
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