DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar dos rachas internos, o PMDB decidiu coligar-se ao PFL e apoiar a candidatura de Romeu Tuma (PFL) à Prefeitura de São Paulo. Durante toda a convenção, que foi realizada ontem no ginásio do Ibirapuera, Tuma deixou claro que a questão prioritária em seu governo será a segurança e disse: "O xerife sou eu".
"Acho que o pessoal está puxando o meu (programa)", disse o senador ao se referir a alguns pré-candidatos, como Paulo Maluf (PPB), que também fazem da segurança questão prioritária na plataforma de governo. "A estrela do xerife vem do meu trabalho. Eu sei fazer segurança", disse Tuma.
O senador atacou o pepebista novamente, dizendo que é "balela" a criação de uma secretaria de segurança para a cidade. Paulo Maluf vem propagando a idéia como forma de diminuir a violência em São Paulo.
Mesmo sendo uma questão de competência do Estado, o senador afirmou que espera ver aprovado um projeto de sua autoria, que está em tramitação no Congresso e que dá poder de polícia à Guarda Civil Metropolitana. Para o senador, a GCM deve fazer "operações preventivas e até repressivas, se necessário".
A Guarda Civil Metropolitana tem como atribuição cuidar de patrimônio municipal, mas não tem poder de polícia.
Na coligação, no entanto, ainda falta um nome para ocupar o cargo de vice-prefeito. O PMDB só vai decidir o nome para compor a chapa com Tuma em nova convenção, no dia 21 deste mês.
A composição com o PFL foi defendida pelos dois principais líderes do PMDB paulista, o ex-governador Orestes Quércia e o presidente da Câmara, Michel Temer. A base do partido queria uma candidatura própria. O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, disse que a coligação entre o seu partido e o PMDB é restrita à disputa municipal. "Ela pode ou não se repetir em 2002, mas o processo é totalmente diferente, pois a eleição é nacional", afirmou.
O nome de Quércia estava escrito em faixas fora do ginásio: "PMDB unido com Quércia 2002!". Ele disse, entretanto, que a corrida em 2002 não é um "desejo" dele.
Os dez vereadores do PMDB e os dois do PFL vão tentar a reeleição. Alguns deles estiveram envolvidos em denúncias de corrupção que culminaram com o afastamento do prefeito Celso Pitta. Entre os novos candidatos para a Câmara Municipal está Carola Scarpa, ex de Chiquinho Scarpa.
Tuma refutou que sua saúde estivesse fragilizada para enfrentar a campanha. "Só entrei nesta luta depois de receber o aval dos melhores médicos daqui e dos EUA". (SEBASTIÃO NASCIMENTO E JULIA DUAILIBI)


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