São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2008

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PAC tem de ser usado na campanha, orienta Marta

Antes de falar com militantes, ela andou de ônibus

RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO

Pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, a ex-ministra Marta Suplicy orientou ontem filiados do PT a usar as obras federais do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na campanha. Em suas palavras, o partido vai para uma "batalha".
A orientação ocorreu um dia depois de a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), coordenadora do programa, ter desembarcado em São Paulo em apoio a Marta.
"Tem muita obra do PAC aqui nessa região, gente. Tem sete obras do PAC aqui nessa região. E uma das coisas que mais tem irritado os petistas é que as obras tem sido feitas, mas não aparecem como sendo do governo Lula", discursou a pré-candidata para uma platéia de cerca de 50 militantes da Freguesia do Ó, na região norte da capital paulista.
"Vamos para uma batalha, e para batalhar tem que ter informações. (...) Estive ontem [anteontem] com a ministra Dilma e pedi que ela me enviasse os detalhes de todas as obras do PAC", afirmou ela.
A tentativa de se vincular ao governo Lula tem sido um dos pontos centrais dessa pré-campanha. Um exemplo do que isso pode resultar ocorreu pouco antes do encontro com os militantes, quando a pré-candidata andou de ônibus do centro à Lapa, região oeste.
O cobrador José Amaro, 38, pediu autógrafo a ex-ministra, dizendo agradecer a Lula por hoje estar cursando faculdade de pedagogia.
Marta escolheu uma das linhas mais tranqüilas do atribulado trânsito de São Paulo. Esperou por 21 minutos no ponto e, no trajeto, apontou para abrigos de pontos de ônibus depredados. Dentro do coletivo havia mais jornalistas, fotógrafos e assessores do que passageiros comuns.
Gerente de Planejamento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) na gestão da petista, Ronaldo Tonobohn afirmou que a velocidade média no percurso, por meio de corredor de ônibus, caiu desde 2004. A linha escolhida não passou por nenhum corredor.
A prefeitura divulgou nota afirmando que a linha "possui baixa demanda", com espera que pode chegar a 30 minutos, operando dessa maneira "desde a gestão da ex-prefeita". Hoje Marta deve andar de metrô.


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