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PAC tem de ser usado na campanha, orienta Marta
Antes de falar com militantes, ela andou de ônibus
RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO
Pré-candidata à Prefeitura
de São Paulo, a ex-ministra
Marta Suplicy orientou ontem
filiados do PT a usar as obras federais do PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento) na
campanha. Em suas palavras, o
partido vai para uma "batalha".
A orientação ocorreu um dia
depois de a ministra Dilma
Rousseff (Casa Civil), coordenadora do programa, ter desembarcado em São Paulo em
apoio a Marta.
"Tem muita obra do PAC
aqui nessa região, gente. Tem
sete obras do PAC aqui nessa
região. E uma das coisas que
mais tem irritado os petistas é
que as obras tem sido feitas,
mas não aparecem como sendo
do governo Lula", discursou a
pré-candidata para uma platéia
de cerca de 50 militantes da
Freguesia do Ó, na região norte
da capital paulista.
"Vamos para uma batalha, e
para batalhar tem que ter informações. (...) Estive ontem [anteontem] com a ministra Dilma
e pedi que ela me enviasse os
detalhes de todas as obras do
PAC", afirmou ela.
A tentativa de se vincular ao
governo Lula tem sido um dos
pontos centrais dessa pré-campanha. Um exemplo do que isso
pode resultar ocorreu pouco
antes do encontro com os militantes, quando a pré-candidata
andou de ônibus do centro à
Lapa, região oeste.
O cobrador José Amaro, 38,
pediu autógrafo a ex-ministra,
dizendo agradecer a Lula por
hoje estar cursando faculdade
de pedagogia.
Marta escolheu uma das linhas mais tranqüilas do atribulado trânsito de São Paulo. Esperou por 21 minutos no ponto
e, no trajeto, apontou para abrigos de pontos de ônibus depredados. Dentro do coletivo havia
mais jornalistas, fotógrafos e
assessores do que passageiros
comuns.
Gerente de Planejamento da
CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) na gestão da petista, Ronaldo Tonobohn afirmou que a velocidade média no
percurso, por meio de corredor
de ônibus, caiu desde 2004. A
linha escolhida não passou por
nenhum corredor.
A prefeitura divulgou nota
afirmando que a linha "possui
baixa demanda", com espera
que pode chegar a 30 minutos,
operando dessa maneira "desde a gestão da ex-prefeita". Hoje Marta deve andar de metrô.
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