São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2008

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ELEIÇÕES

PSDB pressiona kassabistas para evitar confronto com Alckmin

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O comando nacional do PSDB decidiu pressionar os vereadores kassabistas para impedir a apresentação de chapa alternativa à candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) na convenção municipal do dia 22. Além disso, há expectativa de que Alckmin declare apoio à candidatura do governador José Serra (PSDB) à Presidência em 2010, abrindo saída honrosa para os vereadores que apóiam a candidatura do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
O presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), chamou ontem a Brasília o secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, e o líder do PSDB na Câmara Municipal, Gilberto Natalini.
Guerra insiste para que desistam do lançamento de chapa contrária à de Alckmin na convenção, sob o argumento de que essa é uma determinação da direção nacional. "O partido tem um rumo que não foi feito só para São Paulo: ter candidato", disse.
Questionado se os kassabistas poderiam evocar o exemplo de Belo Horizonte, afirmou: "São Paulo tem um candidato lançado, um ex-governador que está à frente nas pesquisas. Pronto".
Ontem, Feldman ouviu o mesmo apelo do presidente municipal do PSDB, José Henrique Reis Lôbo. Na conversa, Lobo disse que a disputa em convenção prejudica o partido.
"A questão é: será que um debate e uma votação desse tipo abalam o partido? Nós ainda achamos que não", argumentou Feldman, à saída da conversa com Lobo.
Fora a pressão sobre os kassabistas, os alckmistas já começam a dar sinais conciliadores. Hoje, o PTB deverá anunciar formalmente a decisão de não fechar uma chapa única com o PSDB para a Câmara Municipal. Essa era uma reivindicação dos vereadores tucanos.
Há ainda a promessa de que até domingo Alckmin anuncie seu apoio a Serra. Embora Alckmin e Serra tenham descartado a hipótese durante uma conversa no domingo, os alckmistas insistem no gesto.
"Se o Alckmin fizer isso, a coisa começa a mudar de figura", admite o vereador Juscelino Gadelha.
Movimentos de Serra para evitar a derrota de Alckmin também produziram efeito.


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