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NO AR
O tetracandidato evoluiu
NELSON DE SÁ
EDITOR DA ILUSTRADA
- Parabéns pela grande
representação da mulher brasileira.
Era Lula, para a musa da Copa, Fátima Bernardes, desconcertando a apresentadora do
Jornal Nacional e tomando conta da cena.
O petista, em sua quarta campanha presidencial, está em casa diante de perguntas sobre a
sua falta de "experiência administrativa". Sabe as respostas de
cor, parece inabalável em sua
segurança.
Até quando se aborda indiretamente a falta do saber escolar,
quando se diz que outros "estudaram geografia, história", ele
reage com bonomia.
Até a eventual corrupção em
Santo André:
- Se tiver culpado, tem que
ser punido.
Até as alianças inesperadas e
heterodoxas com o PL ou Orestes Quércia:
- Não tem problema. A arte
da política é conversar.
Até a velha defesa petista do
calote da dívida externa. Aí, sorrindo, Lula diz que "o PT evoluiu" e pronto.
- Já em 98 a gente não falava
mais disso.
Se alguém queria saber por
que desta vez muitos acham que
Lula tem mais chance, o Jornal
Nacional mostrou.
José Serra faz o possível para
escapar da armadilha do veto
de FHC à intervenção no Espírito Santo. No JN, disse que foi um
erro -do procurador-geral,
não do presidente.
No site da Globo, lançou indireta contra Ciro e seus pefelistas
recém-conquistados:
- Faço um apelo público ao
PFL. Que não dê legenda ao senhor Gratz, suspeito de comando do narcotráfico.
Falava do presidente da Assembléia Legislativa capixaba,
ao lado de sua vice capixaba.
Faz o que pode.
De quebra, ainda no JN, reclamou do aumento do gás.
É preciso trazer Patrícia Pillar
de volta, correndo.
Foi Ciro Gomes aparecer sozinho, sem a mediação da atriz,
para sair pela TV chamando
adversários de "verme" ou, ontem, "desonesto".
É como ele trata quem o compara a Collor.
Ciro soltou o insulto ao lado
do ex-ministro collorido Antonio Cabrera, seu candidato em
São Paulo, e da tropa de choque
sindical de seu vice, Paulinho
-a mesma que fez de Antonio
Rogério Magri um ministro
collorido.
Tropa que, segundo a rádio
Bandeirantes, tumultuou o centro de São Paulo e levou comerciantes a fechar as portas com
medo de arrastão.
Ciro culpou a imprensa.
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