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Propaganda sobre reforma é liberada pelo STJ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do STJ (Superior
Tribunal de Justiça), ministro Nilson Naves, liberou anteontem a
veiculação da campanha publicitária do governo sobre a reforma
da Previdência. Ele cassou uma liminar da 5ª Vara da Justiça Federal no Paraná, de 13 de maio último, que havia suspendido essa
publicidade.
Naves acolheu um pedido da
AGU (Advocacia Geral da União)
e ordenou que todos os processos
contra a veiculação da campanha
sejam transferidos para a 13ª Vara
da Justiça Federal em Brasília. Somente o juiz dessa vara poderá
apreciar a causa.
A decisão foi assinada por ele
um dia após o governo aceitar
modificar a reforma da Previdência para atender a duas reivindicações feitas principalmente pelo
Judiciário, que ameaçam fazer
greve: a manutenção da aposentadoria integral e da paridade de
reajuste entre ativos e inativos.
A decisão de liberar a campanha
"Vamos desatar esse nó, vamos
mudar este país" foi anunciada à
tarde. A assessoria do STJ informou que o despacho estava pronto desde a quarta-feira e só foi assinado no dia seguinte.
Também na quarta-feira, o presidente do PT, José Genoino, acusou os juízes de concederem liminares suspendendo desapropriações de terras motivados pelo descontentamento deles próprios
com a perda de direitos na reforma da Previdência.
Naves negou que a satisfação da
magistratura com o acordo para
alterar a reforma previdenciária
tenha influenciado, ainda que indiretamente, a sua decisão. "Absolutamente, de maneira nenhuma, nem poderia influir", disse.
"Eu procuro o máximo possível
me abstrair de fatores estranhos,
que talvez na cabeça de alguém
poderiam ter influência." Ele criticou a declaração de Genoino.
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