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São Paulo, sábado, 12 de julho de 2003

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Freire diz que reforma é "mero ajuste de caixa"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (PE), afirmou ontem que as mudança defendidas pelo Judiciário para a reforma da Previdência, se acatadas, "acabariam" com a reforma, que já estaria caminhando, segundo disse, para se tornar um "mero ajuste de caixa".
"Os últimos acordos aventados pelo governo nas conversações que manteve, principalmente com o Judiciário, desnudam a atual proposta de reforma em andamento, que, na verdade, é um mero ajuste de caixa", afirmou o deputado pernambucano.
As declarações foram dadas ao site do PPS (www.pps.org.br) e reafirmadas à Folha. O tom da crítica coincide com reações surgidas dentro do próprio governo e no PT e revelam um Freire cada vez mais oposicionista.
"Não adianta procurar o governo para conversar porque eles não se interessam por outros interlocutores que não os deles", afirmou o deputado, que desde a posse de Luiz Inácio Lula da Silva já elaborou dois documentos oficiais do PPS atacando o Planalto.
O PPS vive, atualmente, uma divisão entre o grupo liderado pelo ministro, que apóia o governo, e o grupo de Freire, que tem críticas pontuais à administração Lula.
Ainda de acordo com Freire, a opinião dos governadores está sendo supervalorizada pelo governo em detrimento do Congresso. Em sua opinião, o relator da reforma na Câmara, José Pimentel (PT-CE), tem que assumir posição mais firme na elaboração de seu relatório.
O PPS propõe na reforma da Previdência o abandono do princípio da repartição simples das contribuições entre os beneficiados e a adoção de fundos públicos e fechados de pensão, capitalizados pelo governo. (RANIER BRAGON)


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