|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Freire diz que reforma é "mero
ajuste de caixa"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente nacional do PPS,
deputado federal Roberto Freire
(PE), afirmou ontem que as mudança defendidas pelo Judiciário
para a reforma da Previdência, se
acatadas, "acabariam" com a reforma, que já estaria caminhando,
segundo disse, para se tornar um
"mero ajuste de caixa".
"Os últimos acordos aventados
pelo governo nas conversações
que manteve, principalmente
com o Judiciário, desnudam a
atual proposta de reforma em andamento, que, na verdade, é um
mero ajuste de caixa", afirmou o
deputado pernambucano.
As declarações foram dadas ao
site do PPS (www.pps.org.br) e
reafirmadas à Folha. O tom da
crítica coincide com reações surgidas dentro do próprio governo
e no PT e revelam um Freire cada
vez mais oposicionista.
"Não adianta procurar o governo para conversar porque eles
não se interessam por outros interlocutores que não os deles",
afirmou o deputado, que desde a
posse de Luiz Inácio Lula da Silva
já elaborou dois documentos oficiais do PPS atacando o Planalto.
O PPS vive, atualmente, uma divisão entre o grupo liderado pelo
ministro, que apóia o governo, e o
grupo de Freire, que tem críticas
pontuais à administração Lula.
Ainda de acordo com Freire, a
opinião dos governadores está
sendo supervalorizada pelo governo em detrimento do Congresso. Em sua opinião, o relator
da reforma na Câmara, José Pimentel (PT-CE), tem que assumir
posição mais firme na elaboração
de seu relatório.
O PPS propõe na reforma da
Previdência o abandono do princípio da repartição simples das
contribuições entre os beneficiados e a adoção de fundos públicos
e fechados de pensão, capitalizados pelo governo.
(RANIER BRAGON)
Texto Anterior: Rebeldes agora saem em defesa do governo Próximo Texto: Reforma é para servidor receber, diz Lula Índice
|