São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 2005

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Esquerda do PT não reage bem a opção por Tarso

DA REPORTAGEM LOCAL

As duas principais correntes de esquerda do PT reagiram no mínimo mal ao processo de escolha do novo presidente do partido, o ministro Tarso Genro. Seu nome foi indicado pelo Campo Majoritário, que comanda o partido.
Representante da Articulação de Esquerda na Executiva Nacional, o vice-presidente Valter Pomar não reclamou só da forma da escolha, mas também do perfil do indicado. Ele lembra que Tarso é um teórico da centro-esquerda.
"Não temos simpatia político-ideológica por ele", disse Pomar, acrescentando que a Articulação só não votou contra sua nomeação para não aguçar a crise.
"Andam plantando que ele tem trânsito na esquerda. Não sei como ele dirige. Mas, entre nós, não", acrescentou.
A AE é a segunda maior força do partido, de acordo com a eleição de 2001. O secretário de Formação Política do PT, Joaquim Soariano - da Democracia Socialista - diz que há um problema de origem. "Eles se reuniram à parte, decidiram e comunicaram. A origem compromete as propostas apresentadas pelo presidente."
Tarso reconhece que procedimentos internos do partido devam ser revistos. Mas reage às críticas. "Não penso que a esquerda tenha renovado suficientemente as suas categorias teóricas e visão de mundo para impor pontos de vista absolutamente unilaterais."
Quanto a Pomar, diz: "Talvez ele entenda como trânsito só quem seja da corrente dele".


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