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OUTRA VISÃO
"Comércio começa legal e acaba ilegal"
da Reportagem Local
Revólveres e pistolas vendidos
legalmente acabam virando uma
importante fonte de suprimento
para os marginais, por isso o comércio de armas deveria ser proibido. A opinião é de Rubem César
Fernandes, secretário-executivo
do Viva Rio, um movimento pacifista do Rio de Janeiro.
Embora os fuzis AR-15 e AK-47
levem a fama, 78% das armas
apreendidas pela polícia são revólveres e pistolas em sua maioria
fabricados no Brasil, de acordo
com pesquisa do Viva Rio.
Os bandidos reforçam seu arsenal roubando as armas de suas vítimas e muitas vezes as compram
clandestinamente nas lojas.
"O comércio de armas começa
legal e acaba ilegal", afirma Fernandes.
O secretário-executivo do Viva
Rio diz também que parte das armas que os fabricantes brasileiros
exportam para o Paraguai acaba
nas mãos de negociantes que
abastecem o submundo do crime
no Brasil.
"O projeto do governo precisaria ir mais longe, controlando melhor o comércio de armas na fronteira do país", afirma Fernandes.
O argumento de que a arma é
apenas um meio de defesa contra
o crime, na opinião de Fernandes,
é falso. E a presença de um comércio autorizado para a venda de armas seria um fator de estímulo à
violência.
"As pessoas estão se armando e
se expondo a riscos enormes. Há
cada vez mais gente usando arma
para resolver seus conflitos", afirma Fernandes.
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