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CONGRESSO
Subcomissão cobrará do presidente do BC disponibilidade sobre movimentação de dinheiro liberado ao TRT-SP
ACM adia decisão sobre quebra de sigilos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA),
afirmou ontem que só em setembro tomará decisão sobre os pedidos de informação ao governo
que implicam quebra de sigilos
bancário, fiscal e telefônico do ex-secretário-geral da Presidência
Eduardo Jorge e de outras pessoas
e empresas com as quais mantém
ou manteve vínculos.
Os pedidos constam de requerimentos apresentados pela oposição na subcomissão que dá sequência à CPI do Judiciário.
ACM disse que a decisão ficará
para setembro porque tem de
reunir os outros membros da Mesa Diretora, e o Congresso entra
em recesso branco a partir da próxima semana por causa da campanha eleitoral.
O próprio ACM defendeu a tese
de que a subcomissão poderia pedir a quebra dos sigilos por meio
de requerimento à Mesa do Senado. Ele afirmou que a quebra de
sigilo só depende da ""fundamentação" dos pedidos.
Banco Central
A subcomissão vai cobrar do
presidente do Banco Central, Armínio Fraga, na próxima terça-feira, que torne disponíveis os dados sobre a movimentação bancária do dinheiro liberado para a
construção superfaturada do TRT
(Tribunal Regional do Trabalho)
de São Paulo.
O presidente da subcomissão,
Renan Calheiros (PMDB-AL), e o
relator, José Jorge (PFL-PE), marcaram o depoimento do ministro
Martus Tavares (Planejamento,
Orçamento e Gestão) para 29 de
agosto, dia em que o Congresso
estará vazio por causa do recesso
branco. Já o depoimento do governador de Minas, Itamar Franco, foi marcado para 12 de setembro, na única semana que o Congresso terá atividade normal antes das eleições. O próprio Itamar
se ofereceu para prestar depoimento à subcomissão, sugerindo
que o presidente Fernando Henrique Cardoso fizesse o mesmo.
Ele terá de explicar por que liberou crédito suplementar para a
obra do fórum trabalhista por
meio de decreto, 48 horas antes de
deixar o cargo para FHC.
A fase dos depoimentos se encerra em 20 de setembro. Pelo calendário divulgado ontem, 28
pessoas serão ouvidas. A subcomissão não vai aderir ao recesso
branco do Congresso, que começa na próxima semana.
Cobrança
Calheiros vai pessoalmente conversar com Armínio Fraga na terça, acompanhado de outros integrantes da subcomissão, para pedir ""agilidade na disponibilização" das informações obtidas a
partir do rastreamento bancário.
No depoimento de anteontem,
os procuradores do Ministério
Público Federal se queixaram de
que o Banco Central tem prejudicado as investigações porque não
encaminhou as informações
completas do rastreamento, pedido pelo Ministério Público há um
ano e oito meses.
Os senadores da subcomissão
ouvem na próxima terça-feira seis
funcionários do TRT de São Paulo
de 91 a 99 e o diretor-geral do TST
(Tribunal Superior do Trabalho),
José Geraldo Lopes.
Entre as pessoas que serão ouvidas até 20 de setembro estão dois
juízes ex-presidentes do TRT-SP e
o atual, juiz Floriano Vaz da Silva,
o ministro Almir Pazzianotto,
presidente do TST, e três ex-presidentes do tribunal. Também deporão quatro parlamentares que
integraram a Comissão Mista de
Orçamento, o presidente do TCU
(Tribunal de Contas da União),
Iram Saraiva, e o ex-secretário-geral da Presidência na gestão de
Itamar, Mauro Motta Durante.
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