São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 2002

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PAINEL


Feudos pefelistas
O PFL quer controlar ao menos três ministérios em um eventual governo de Ciro Gomes (PPS). ACM apadrinharia um ministro. Jorge Bornhausen, outro. A terceira pasta caberia a pefelistas do Nordeste.

Volta com tudo
O PFL considera ter sido o maior responsável pela subida de Ciro nas pesquisas. Mas esse argumento não é o mais forte dos caciques do partido: dizem que a sigla será o maior partido de sustentação de um eventual governo Ciro no Congresso.

Petismo palatável
O PT quer aproveitar a queda de Serra nas pesquisas para conquistar o apoio de empresários e banqueiros que apostavam na vitória do tucano. A estratégia será mostrar que Lula seria um presidente mais "responsável e confiável" do que Ciro.

89 às avessas
Assessores econômicos de Lula intensificarão o discurso de que uma vitória petista traria um "governo de diálogo e negociação". Já um eventual mandato de Ciro seria marcado pelo "confronto" com o mercado e as instituições financeiras.

Do fundo do coração
Aliados de Ciro dizem que, apesar do tiroteio da campanha, o candidato do PPS gosta muito de Serra, seu ex-colega de PSDB. Tanto que, eleito, dará a ele um cargo de destaque em seu governo: embaixador em Bagdá.

Amigos para sempre
Os correligionários de Serra falam o mesmo da afeição do tucano por Ciro. Presidente, convidaria o candidato do PPS para trabalhar na Esplanada dos Ministérios: como estagiário no departamento penitenciário.

Ano de transição
Aloizio Mercadante (PT) recebe amanhã o título de "Economista do Ano". No ano passado, Armínio Fraga foi o premiado.

Medida preventiva
FHC encomendou uma pesquisa sobre as condições das estradas brasileiras para o DNIT, órgão sucessor do DNER. Quer utilizar os resultados para rebater os dados da Pesquisa Rodoviária da CNT, que serão divulgados às vésperas da eleição.

Pesquisa e eleição
A CNT é presidida por Clésio Andrade, presidente do PFL-MG, candidato a vice de Aécio Neves (PSDB) e um dos coordenadores da campanha de Ciro Gomes em Minas Gerais.

Mar de votos
Na prática, o pefelista Hugo Napoleão (PI) é o único governador que sustenta a campanha de Serra no Nordeste. Em Sergipe, por exemplo, a mulher do tucano Albano Franco é a vice-presidente do PPS de Ciro.

Posturas distintas
Começa hoje a licença de Antônio Palocci Filho (PT), que se afastou da Prefeitura de Ribeirão Preto para se dedicar à campanha de Lula. A petista Marta Suplicy (SP) continuará reservando suas sextas-feiras para pedir voto ao presidenciável.

Pulou o muro
Elísio Pires, ex-marqueteiro de Anthony Garotinho (PSB), assumiu a campanha de Antônio Cabrera (PTB-SP), candidato de Ciro ao governo paulista.

Independência total
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) definirá hoje quem vai compor a lista tríplice, a ser encaminhada para decisão de FHC, com os nomes dos advogados indicados pela OAB para a vaga deixada no tribunal pelo ex-ministro Paulo Costa Leite.

Padrinho forte
Os nomes favoritos para a vaga no STJ são o do atual ministro classista do TSE, Luis Carlos Madeira, sócio de Nelson Jobim (STF) durante muitos anos no escritório no RS e o do advogado João Otávio Noronha, conselheiro federal da OAB e diretor jurídico do Banco do Brasil.

TIROTEIO

Do ex-senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), sobre a influência do acordo com o FMI na campanha de José Serra:
- O acordo não vai melhorar em nada a situação de Serra. O povo não sabe o que é o FMI. Mas sabe bem quanto custa o arroz, o feijão e a banana.

CONTRAPONTO

Não tem erro

O candidato do PSDB ao governo do Ceará, Lúcio Alcântara, participou dias atrás de um comício na cidade de Senador Pompeu, a 270 km de Fortaleza.
O ex-governador Tasso Jereissati, candidato ao Senado e principal cabo eleitoral de Lúcio, também estava no palanque.
Diante das mais de 2.000 pessoas que acompanhavam o comício, Tasso narrava a carreira política de Lúcio.
No meio do discurso, Tasso foi interrompido pelo candidato a deputado estadual José Maria Pimenta (PSDB), que pediu para ilustrar o discurso de Tasso com o depoimento de um velho eleitor. Com o microfone na mão, o candidato a deputado deixou a platéia perplexa:
- O velho eleitor diz a todo mundo que vota em Lúcio Alcântara por uma razão bem simples: "O dr. Lúcio é um homem equilibrado, só atira no meio e assim fica difícil de errar".


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