São Paulo, quarta-feira, 12 de setembro de 2001

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PARTIDO AO MEIO

Ala pró-FHC controlará toda a Executiva Nacional do partido

PMDB exclui dissidentes de cúpula

LUCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A ala governista do PMDB excluiu os dissidentes da composição da Executiva Nacional e assumiu ontem o controle absoluto do partido. Os governistas vão manter o discurso oficial de defesa da candidatura própria da sigla a presidente da República, mas tentarão um acordo com o PSDB no primeiro semestre de 2002.
O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), deu o tom da nova fase: "Agora quem fala pelo partido é o seu presidente". Seguindo o discurso oficial, ele disse que a única hipótese de uma aliança com o PSDB e o PFL é o lançamento de um candidato do PMDB, com o apoio desses partidos.
Nos próximos meses, os governistas tentarão lançar e consolidar a candidatura do governador Jarbas Vasconcelos (PE). Ele enfrentaria o governador Itamar Franco (MG) nas prévias, em janeiro.
Temer disse que, entre março e maio, o candidato escolhido terá uma posição consolidada. Se o candidato do PMDB estiver bem colocado nas pesquisas, vai para a disputa sozinho ou com o apoio de PSDB e PFL. Se estiver mal, o partido apoiará o candidato tucano, indicando o candidato a vice -que poderia ser Jarbas ou mesmo o senador Pedro Simon (RS).
Ontem, na reunião do diretório nacional, o ex-ministro Aluísio Alves, que a presidia, avisou que a Executiva Nacional seria composta integralmente pelos membros da chapa que venceu a convenção. A decisão é respaldada pelo estatuto do partido.


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