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APURAÇÃO
Conta seria de suposta doleira
Promotoria investiga depósito de US$ 3 mi
DA REPORTAGEM LOCAL
Extrato obtido pela Promotoria
de Justiça da Cidadania mostra
que conta em nome de Maria Rodrigues recebeu depósito de US$
3,18 milhões, feito a partir de transações realizadas na agência de
Nova York do Banestado.
Ela é apontada pela Promotoria
como suposta doleira do ex-prefeito paulistano Paulo Maluf na
Suíça. A assessoria de imprensa
de Maluf afirmou que o ex-prefeito não tem conta no exterior e que
ele foi governador do Estado de
São Paulo e não do Paraná, razão
pela qual ele não tem nada a ver
com o Banestado, que é o Banco
do Estado do Paraná.
A assessoria do ex-prefeito paulistano também afirmou que ele
não pode ter relação com Maria
Rodrigues, à medida que não tem
conta no exterior.
O extrato obtido pela Promotoria mostra que a conta nº 30101107
do UBP (Union Bancaire Privée)
recebeu em 21 de maio de 1996
uma transferência de US$ 3,18 milhões. O dinheiro saiu de uma
conta chamada "Venus", no MTB
Bank de Nova York.
Um laudo da Polícia Federal
mostra que a conta "Venus" foi
abastecida com recursos que deixaram o Brasil por meio de contas
CC5 (de não-residentes) e passaram pela agência do Banestado de
Nova York em nome de casas de
câmbio paraguaias.
As casas de câmbio que transportaram o dinheiro que chegou
na conta de Maria Rodrigues são
as mesmas que tiveram o sigilo de
suas contas bancárias no Brasil
quebrado pelo juiz Luís Paulo
Aliende Ribeiro, da 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo.
A quebra ocorreu porque essas
contas receberam dinheiro depositado por subempreiteiras "fantasmas", contratadas pelas construtoras responsáveis por obras
viárias na capital na gestão Maluf
(1993-1996). Segundo o Ministério Público de São Paulo, essas
obras foram superfaturadas.
A Folha não conseguiu contato
com Maria Rodrigues.
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