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OUTRO LADO
Chong diz à CPI que desconhece juízes federais
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresário Law Kin
Chong afirmou ontem à CPI da
Pirataria que não conhece os
juízes federais investigados pela Operação Anaconda e desafiou os deputados a provarem
seu envolvimento no suposto
esquema de venda de sentenças judiciais a criminosos.
"Se for minha voz, eu volto
aqui e vocês podem me prender", disse Chong em depoimento à CPI. O empresário referiu-se à existência de um grampo telefônico no qual ele
falaria com o juiz federal João
Carlos da Rocha Mattos, preso
na Operação Anaconda. A escuta faz parte do processo que
tramita em sigilo.
O empresário disse que pagaria do próprio bolso o trabalho
de um perito renomado para
mostrar que a voz não é a dele.
Segundo a Polícia Federal,
um aparelho de televisão importado encontrado no apartamento de Rocha Mattos era um
presente do empresário, dono
de três shoppings na região da
rua 25 de Março (centro de São
Paulo). "Eu nunca dei televisão
para delegado, muito menos
para um juiz", disse.
Chong negou conhecer Rocha Mattos e os também juízes
federais Ali Mazloum -titular
da Vara Criminal na qual
Chong é processado por descaminho- e Casem Mazloum.
O empresário também negou
conhecer ou ter negócio com
Roberto Eleutério da Silva, conhecido como Lobão, apontado como maior contrabandista
de cigarros do país. Ele e Lobão
são defendidos pelo mesmo escritório de advocacia.
O empresário disse ainda que
os depósitos que foram vistoriados ontem por policiais e deputados federais não são mais
de sua propriedade.
O delegado federal José Augusto Bellini, segundo a assessoria da Polícia Federal, não
autorizou a divulgação do nome de seu defensor para dar a
sua versão sobre as suspeitas
levantadas pela CPI da Pirataria e pelas denúncias feitas pelo
Ministério Público Federal que
resultaram em sua prisão.
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