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Liminar proíbe gravar a sessão
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma liminar (decisão provisória) concedida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que proibia
o uso de gravadores, câmeras fotográficas e de televisão durante o
depoimento do empresário Law
Kin Chong à CPI da Pirataria,
provocou protestos dos deputados federais. Para eles, a decisão
judicial foi um privilégio.
Antes do depoimento ontem,
dois advogados de Chong apresentaram a decisão do ministro
Cezar Peluso. Ele concedeu liminar a partir de um mandado de
segurança ingressado pela defesa.
Os advogados afirmaram que
Chong, apontado como um dos
maiores contrabandistas do país
pela CPI, não tem condenação judicial e a gravação iria expor a sua
imagem sem nenhuma prova.
"Ele [Chong] conseguiu o que
delegados e juízes não conseguiram", afirmou o presidente da
CPI, Luiz Antonio de Medeiros
(PL-SP). Vários delegados foram
ouvidos pela CPI da Pirataria sem
qualquer restrição.
Também não houve qualquer
proibição da divulgação de imagem dos três juízes federais denunciados no caso.
"É a volta da censura", afirmou
Medeiros. Para o deputado Júlio
Lopes (PP-RJ), a ausência de condenação não significa inocência.
"É o resultado de advogados
bons, que aproveitam as brechas
da Justiça", disse o deputado.
Os advogados de Chong não
quiseram dar entrevista.
Para o presidente da OAB/SP
(Ordem dos Advogados do Brasil), Carlos Miguel Aidar, a decisão judicial é correta. "O suspeito
será pré-condenado com o estardalhaço feito pela CPI."
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