São Paulo, sexta-feira, 12 de novembro de 2004
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TODA MÍDIA Até a morte
NELSON DE SÁ
Reverenciado na França, do "Libération" ao "Le Figaro", Arafat ganhou uma ilustração algo nostálgica, de Plantu, ontem na capa do "Le Monde" O próximo Enquanto especulava sobre o que vem aí, "depois de Arafat", como toda a cobertura dos EUA, a CNN saiu-se ontem com uma comparação entre o palestino e o cubano Fidel Castro. Questionada sobre o que vai acontecer quando Fidel morrer, a correspondente em Havana foi direta e sincera: - Ninguém sabe. Conspiração Os blogs "liberais" dos EUA, após o tombo dos números de boca-de-urna, vêm espalhando agora rumores sobre fraude com as urnas eletrônicas. O "Washington Post", ontem, e a revista on-line Salon, dias atrás, já trataram de derrubar ponto a ponto a "teoria". Ficção O colunista Frank Rich, do "New York Times", referência dos "liberais" americanos, diz em seu texto desta semana que "uma nova expressão cunhada por um pesquisador anônimo" suplantou todos os outros temas do debate político, nos EUA: "valores morais". Em suma, fixou-se o "spin" de que George W. Bush venceu a eleição com uma nova versão do mote hoje famoso -agora "é a cultura, estúpido", referência às "guerras culturais" que opõem conservador e "liberais". Mas ele enumera dados para afirmar que não é bem assim: - Só tem um probleminha. Como tantas narrativas feitas hoje em dia na nossa mídia 24/7 [24 horas por dia, sete dias por semana], é uma ficção. AO RITMO DA CHINA
- Governo e oposição fecham um acordo sobre o projeto das PPPs, as Parcerias Público-Privadas. Como esperado, a visita de Hu Jintao recebe cobertura extensiva no exterior . O "Financial Times" dizia ontem em seu título que a "América Latina dança ao ritmo da China" e que "o chinês é hoje o mercado de exportação do Brasil que mais cresce". A agência Dow Jones, ligada ao "Wall Street Journal", dizia em título que "As reuniões entre o Brasil e a China anunciam relações mais próximas entre os gigantes" e que os funcionários chineses "querem aumentar seu acesso a commodities importantes e já asseguraram os investimentos em projetos de larga escala". Aqui e ali, nas diversas reportagens, menções às PPPs que não saem ou não saíam, até o acordo. O jornal estatal chinês "Diário do Povo", de sua parte, deu longo editorial -ou coisa parecida- sob o título "Relações sino-brasileiras entram em uma nova era", destacando a cooperação em comércio, mas citando da tecnologia espacial à política externa. Texto Anterior: Banestado: Suassuna liga caso a pressão do PMDB Próximo Texto: Campo minado: MST invade mais duas áreas em Pernambuco Índice |
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