DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A ministra Benedita da Silva (Assistência Social) divulgou comunicado no qual afirma que "os procuradores da República estão cumprindo seu papel de investigadores da gestão da máquina pública" e anuncia que irá "fornecer todas as informações necessárias e aguardar a decisão judicial".
Benedita não quis comentar as acusações contidas na ação de improbidade administrativa.
No texto da ação, os procuradores da República citam informações prestadas por ela ao longo da investigação, que durou pouco mais de dois meses.
Sobre a viagem a Lisboa, a ministra afirmou a eles que as suas despesas foram pagas pelo CPEAD (Centro Pentecostal Europeu de Assembléias de Deus), entidade que a convidou.
No caso de Nova York e Washington, ela afirmou que participou de eventos oficiais, como reunião com especialistas em renda mínima na Universidade de Yale, visita ao Congresso norte-americano e encontros com várias organizações não-governamentais.
Sobre o fato de ter viajado sempre acompanhada de uma assessora, a Folha apurou que ela deverá argumentar judicialmente que essa é uma praxe, porque, mesmo no caso de cumprir agenda particular, teria eventualmente de resolver questões relativas ao cargo.
Quanto à ida a Buenos Aires, logo após o caso se tornar público Benedita decidiu devolver o dinheiro gasto com passagens aéreas. O valor das despesas foi estimado em R$ 4.000.
Assim, ela se antecipou a uma eventual condenação e tentou contornar o desgaste político.


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