São Paulo, sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

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Transportes recebe mais para investir

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministério dos Transportes foi o principal beneficiário das verbas que o governo encaixou nos chamados "restos a pagar", recursos de investimento de um certo ano que ficam para ser executados só no ano seguinte.
Para a pasta comandada pelo ministro Alfredo Nascimento, foram reservados R$ 3 bilhões em investimentos que terão como foco obras como adequação de trechos rodoviários.
Os números são do Contas Abertas (http://contasabertas.uol.com.br), site que tem acesso ao Siafi, sistema do Tesouro Nacional que faz o acompanhamento dos gastos públicos federais.
O total de restos a pagar da União é de R$ 13,5 bilhões para 2006 -ano em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende disputar a reeleição.
Esse é todo o dinheiro de investimento que o governo tem para gastar, já que os investimentos de 2006 estão congelados porque o Orçamento ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional.
Depois dos Transportes, os ministérios que aparecem como maiores beneficiados são o da Saúde, com R$ 1,8 bilhão, e o das Cidades, com R$ 1,5 bilhão.
O destino de mais recursos para o ministério dos Transportes converge com o principal foco do governo no começo deste ano: a realização de obras rodoviárias. Na polêmica operação tapa-buraco, o governo pretende gastar R$ 440 milhões com recuperação emergencial de estradas.

Projetos
No que se refere aos recursos de "restos a pagar", as três principais obras do ministério dos Transportes são duas adequações de trechos rodoviários na BR-101, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, e a construção de um trecho da Ferrovia Norte-Sul.
Na Saúde, os projetos principais são obras de saneamento básico no Estado da Paraíba e de estruturação em unidades de atenção básica e especializada, ambas no Estado de São Paulo.
Entre as obras mais importantes do ministério das Cidades, estão o apoio à urbanização de assentamentos em todo o país, o investimento em trens urbanos na cidade de Fortaleza (CE) e o apoio à implantação do corredor de transporte coletivo urbano no município de São Paulo.
(ADRIANO CEOLIN)


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