|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Órgão cobra "dados consistentes" e diz analisar a compra
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em nota oficial, a direção do
Incra confirma que está analisando a compra das três fazendas oferecidas ao órgão pelo
deputado Ricardo Fiúza (PFL-PE), morto no mês passado. De
acordo com o texto, "os processos de obtenção estão em fase preliminar de avaliação".
A avaliação feita pelos técnicos do Incra serão submetidas
à análise de uma instância chamada "Conselho de Direção
Regional". Depois, seguem para Brasília, para apreciação do
conselho diretor e da presidência do órgão.
Segundo o Incra, as fazendas
"foram espontaneamente ofertadas pelo seu proprietário, para assentamento de trabalhadores rurais". O instituto sai
em defesa da avaliação feita por
seus técnicos. Afirma que a
acusação de que estariam superfaturadas em 40% "não
mostra consistência". Cobra a
apresentação de "dados que
comprovem o fato".
O Incra também defende a
opção de compra direta, sem
desapropriação. Alega que o
decreto 433, baixado sob a presidência de Fernando Collor de
Mello, é "um instrumento legal
em vigor e complementar para
obtenção de imóveis rurais para a reforma agrária".
Quanto à compra de benfeitorias, que devem ser ressarcidas em dinheiro vivo, o Incra
argumenta que englobam "estrutura viária e hídrica, fábrica
de laticínios, pastagens, cercas,
casas e lotes pré-parcelados".
Avalia que representarão uma
"economia de custo ao governo e garantias imediatas de
produção e escoamento".
O Incra afirma, de resto, que
se interessou pela oferta de Fiúza porque "a região agreste do
Estado de Pernambuco é prioritária, sobretudo para a reforma agrária, dado o alto grau de
violência no campo." Diz que,
na mesma região, "já foram
ofertados outros imóveis que
também estão em análise".
Texto Anterior: Questão agrária: Incra pode pagar mais por fazendas em PE Próximo Texto: Símbolos do poder: Depois de faixa, governo anuncia compra de bandeiras a R$ 22,5 mil Índice
|