São Paulo, sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004

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Centrais criticam Lula e prometem reagir

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As centrais sindicais criticaram as declarações do presidente Lula sobre a reforma trabalhista e prometem reagir à retirada de direitos, caso o governo federal opte por esse caminho.
Em conversa com jornalistas anteontem, o presidente Lula disse que a única coisa que não seria objeto de negociação na reforma trabalhista são as férias de 30 dias.
"Isso é um crime. Um governo que tem um presidente que foi sindicalista, que foi eleito pelos trabalhadores falar em negociar direitos é no mínimo um crime", disse Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical.
"Isso é pior do que a alteração que se propôs no governo FHC, com a alteração do artigo 618 da CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] de flexibilizar a lei."
O presidente da CUT, Luiz Marinho, considerou precipitada as afirmações do presidente. Marinho defende que é preciso terminar a reforma sindical e garantir a existência de sindicatos fortes.
Para o secretário-geral da CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), Canindé Pegado, a livre negociação entre patrões e empregados é desfavorável aos trabalhadores na atual conjuntura -desemprego elevado e renda em queda. "Não abrimos mão de conquista alguma."
O presidente da Alal (Associação Latino-Americana de Advogados Trabalhistas), Luis Carlos Moro, acredita que, dessa maneira, o governo abre mão da liderança que o Brasil exerce na América Latina em um momento em que se discute a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).


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