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Centrais criticam Lula e prometem reagir
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As centrais sindicais criticaram
as declarações do presidente Lula
sobre a reforma trabalhista e prometem reagir à retirada de direitos, caso o governo federal opte
por esse caminho.
Em conversa com jornalistas
anteontem, o presidente Lula disse que a única coisa que não seria
objeto de negociação na reforma
trabalhista são as férias de 30 dias.
"Isso é um crime. Um governo
que tem um presidente que foi
sindicalista, que foi eleito pelos
trabalhadores falar em negociar
direitos é no mínimo um crime",
disse Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical.
"Isso é pior do que a alteração
que se propôs no governo FHC,
com a alteração do artigo 618 da
CLT [Consolidação das Leis do
Trabalho] de flexibilizar a lei."
O presidente da CUT, Luiz Marinho, considerou precipitada as
afirmações do presidente. Marinho defende que é preciso terminar a reforma sindical e garantir a
existência de sindicatos fortes.
Para o secretário-geral da CGT
(Confederação Geral dos Trabalhadores), Canindé Pegado, a livre
negociação entre patrões e empregados é desfavorável aos trabalhadores na atual conjuntura
-desemprego elevado e renda
em queda. "Não abrimos mão de
conquista alguma."
O presidente da Alal (Associação Latino-Americana de Advogados Trabalhistas), Luis Carlos
Moro, acredita que, dessa maneira, o governo abre mão da liderança que o Brasil exerce na América Latina em um momento em
que se discute a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
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