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Presidente da Caixa vai ser intimado para depor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, voltará a ser intimado para depor no
inquérito criminal da Polícia Federal que investiga o suposto pagamento de propina para a renovação do contrato com a empresa
GTech, revelou o procurador da
República do Distrito Federal, José Robalinho Cavalcante.
Segundo o procurador -que
requisitou uma série de investigações à Polícia Federal por não
concordar com a primeira conclusão do inquérito- a PF, no
primeiro depoimento de Mattoso, deixou de dirimir ao menos
uma dúvida que ele considera relevante: saber o motivo pelo qual
o nome do presidente da Caixa
constava da agenda de compromissos de Waldomiro Diniz, ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil.
Diniz deixou o cargo em 2003,
logo após a revista "Época" ter revelado conversas suas pedindo
propina ao empresário de jogos
Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A revelação da fita, gravada pelo próprio Cachoeira, completa hoje um ano.
Na última sexta-feira, Robalinho afirmou que outros pontos a
serem abordados no depoimento
de Mattoso são o que ele considera "inconsistências" no processo
de negociações entre a GTech e a
Caixa para a renovação do contrato de R$ 650 milhões. "A diretoria da Caixa esteve e está sob investigação. O Ministério Público
não está aqui para parar investigações porque são incômodas para o governo", disse Robalinho.
Segundo ele, "existe razão suficiente, justa causa suficiente" para a investigação sobre a conduta
da diretoria do banco no processo
de renovação do contrato.
O inquérito da PF foi retomado
em janeiro último, após a substituição do delegado que conduzia
o caso, Antonio César Fernandes
Nunes. Para essa nova fase do inquérito, o procurador da República disse ter feito à PF uma série de
pedidos.
As principais linhas de investigação, segundo ele, são o relacionamento de Waldomiro com a
GTech e "se houve interferência
indevida da diretoria da Caixa" na
assinatura do contrato.
(RV e ID)
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