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OUTRO LADO
GTech afirma ter sofrido "extorsão'; Caixa não comenta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A empresa multinacional
GTech do Brasil afirmou, em
nota enviada ontem pela manhã à Folha, ter sido "vítima de
extorsão por parte do sr. Buratti [advogado Rogério Buratti]"
e que ele, "em clara manobra
de defesa, tenta mudar sua versão original dos fatos".
A GTech "contesta quaisquer
versões" de que tem procurado
o ex-secretário do hoje ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) na Prefeitura de Ribeirão Preto para atuar no processo de renovação do contrato da
empresa com a Caixa Econômica Federal.
"A GTech Brasil reafirma que
seus executivos agiram sempre
de forma apropriada. A GTech
Brasil, como vem fazendo desde o início das investigações,
mantém sua postura transparente e permanece à disposição
das autoridades para quaisquer
esclarecimentos", diz a nota.
A assessoria de imprensa da
Caixa Econômica Federal informou na sexta-feira que a
instituição não iria se manifestar sobre o depoimento de Buratti à Polícia Federal porque
não tinha conhecimento de seu
conteúdo e por isso não poderia avaliá-lo.
A Caixa sempre negou interferência de Waldomiro e Buratti na renegociação com a
GTech. Em diversas entrevistas
e notas enviadas à imprensa, o
banco reiterou que o novo contrato firmado com a multinacional, em maio de 2003, representou economia para os cofres
públicos.
O advogado do ex-executivo
da GTech Antonio Carlos Lino
Rocha, Antonio Pitombo, negou que seu cliente tenha procurado o consultor Rogério
Buratti, mas não soube dizer se
Marcelo Rovai, que acompanhava Lino Rocha nas negociações com a Caixa, o fez.
O advogado de Rovai, Leonardo Sica, não foi localizado
pela Folha para comentar o caso. Em entrevistas anteriores,
sempre afirmou que seu cliente
nunca cometeu irregularidades. No depoimento à PF, Rovai afirmou que Waldomiro
havia exigido a contratação de
Buratti como consultor para
que o contrato com a Caixa fosse renovado.
(RV E ID)
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