São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2005

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OUTRO LADO

GTech afirma ter sofrido "extorsão'; Caixa não comenta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A empresa multinacional GTech do Brasil afirmou, em nota enviada ontem pela manhã à Folha, ter sido "vítima de extorsão por parte do sr. Buratti [advogado Rogério Buratti]" e que ele, "em clara manobra de defesa, tenta mudar sua versão original dos fatos".
A GTech "contesta quaisquer versões" de que tem procurado o ex-secretário do hoje ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) na Prefeitura de Ribeirão Preto para atuar no processo de renovação do contrato da empresa com a Caixa Econômica Federal.
"A GTech Brasil reafirma que seus executivos agiram sempre de forma apropriada. A GTech Brasil, como vem fazendo desde o início das investigações, mantém sua postura transparente e permanece à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos", diz a nota.
A assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal informou na sexta-feira que a instituição não iria se manifestar sobre o depoimento de Buratti à Polícia Federal porque não tinha conhecimento de seu conteúdo e por isso não poderia avaliá-lo.
A Caixa sempre negou interferência de Waldomiro e Buratti na renegociação com a GTech. Em diversas entrevistas e notas enviadas à imprensa, o banco reiterou que o novo contrato firmado com a multinacional, em maio de 2003, representou economia para os cofres públicos.
O advogado do ex-executivo da GTech Antonio Carlos Lino Rocha, Antonio Pitombo, negou que seu cliente tenha procurado o consultor Rogério Buratti, mas não soube dizer se Marcelo Rovai, que acompanhava Lino Rocha nas negociações com a Caixa, o fez.
O advogado de Rovai, Leonardo Sica, não foi localizado pela Folha para comentar o caso. Em entrevistas anteriores, sempre afirmou que seu cliente nunca cometeu irregularidades. No depoimento à PF, Rovai afirmou que Waldomiro havia exigido a contratação de Buratti como consultor para que o contrato com a Caixa fosse renovado. (RV E ID)


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