|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Governo nega discriminação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A assessoria de imprensa do
ministro Jaques Wagner (coordenador político do governo) negou
que haja discriminação contra Estados e afirmou ser necessário
que alguns governadores se "dispam" dos problemas políticos para que possam estabelecer com o
ministério uma relação de "colaboração e parceria".
De acordo com a assessoria,
Wagner diz haver a necessidade
de que as demandas prioritárias
de todos os Estados sejam atendidas, mas afirma que, para isso, é
preciso que a "política eleitoral"
seja deixada de lado.
A assessoria do ministério argumenta ainda que existem várias
peculiaridades em cada convênio
que precisam ser analisadas caso
a caso. De acordo com o ministério, o baixo atendimento verificado no caso de Requião, "um aliado do governo", prova que não há
coloração partidária na distribuição de verbas.
Para o governador do Acre, Jorge Viana (PT), os números que
apontam a unidade da federação
como um dos principais destinatários dos repasses da União são
"distorcidos" e "injustos", já que
um montante teria sido utilizado
para manter estradas federais sob
tutela do Estado.
O argumento de Viana para
afirmar que "a conta não é verdadeira" é que, desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o Acre seria responsável
pelas obras em estradas federais.
Segundo ele, o volume de recursos já chegava a R$ 100 milhões no
último ano do governo FHC.
"Há essa distorção pelo fato de o
Acre ser um dos poucos Estados
em que as obras federais de rodovias estão delegadas para nós. Dos
R$ 109 milhões, mais de 60% são
recursos de obras federais que em
qualquer Estado ficam fora. Se somar só aqui fica injusto", disse o
governador.
O governador reclamou ainda
que o levantamento não contabiliza aportes similares aos do Acre,
ou seja, usados para custear obras
federais. "Não é dinheiro do Estado. O que o Brasil investiu no Rio
de Janeiro em indústria naval não
é somado?", disse.
Ele negou que sua proximidade
com o presidente e o fato de ser do
PT influenciem na dinâmica dos
repasses.
Texto Anterior: Lula privilegia governadores aliados com liberação de verba Próximo Texto: PT no divã: Aos 26 anos, PT ignora crise e evita mea-culpa Índice
|