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FHC também teve caixa 2, diz ACM
MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA
O ex-senador Antonio Carlos
Magalhães (PFL) afirma que
"sempre" acreditou que o dinheiro encontrado na empresa da governadora Roseana Sarney fazia
parte de um caixa extra-oficial para custear a campanha eleitoral do
PFL. ACM diz que a situação é comum em campanhas eleitorais e
conta que, em 94, testemunhou
quando o então banqueiro José
Eduardo Andrade Vieira, do Bamerindus, "disponibilizou" R$ 5
milhões para compor um caixa 2
da campanha de Fernando Henrique Cardoso.
Segundo ACM, Eduardo Jorge,
futuro secretário-geral da Presidência, participou da reunião.
Eduardo Jorge nega.
Há dois anos, Andrade Vieira
declarou à Folha, e depois confirmou num depoimento ao Ministério Público, que a campanha de
Fernando Henrique de 94 tinha
um caixa 2. Afirmou inclusive que
um executivo do Bamerindus levava "dinheiro vivo" a Eduardo
Jorge.
Desta vez, ouvido pela Folha sobre a doação de R$ 5 milhões que
ACM diz ter visto, Vieira diz: "Só
posso dizer que o Brasil inteiro sabe que a pessoa que mais ajudou
Fernando Henrique fui eu".
Eduardo Jorge não só nega tudo
como ainda joga a batata quente
da discussão sobre caixa 2 de
campanha para o PT. "Olha bem,
pensa uma coisa: a campanha do
Fernando Henrique custou uns
R$ 40 milhões. A campanha do
Lula custou R$ 4 milhões. Então,
se alguém tem caixa 2, é quem diz
que não gasta, não é quem diz que
gasta", disse.
O deputado João Paulo Cunha
(SP), líder do PT na Câmara dos
Deputados, diz que "caixa 2 não é
com o PT". "Nossas contas foram
auditadas e são públicas. Todo
mundo sabe quais são as nossas
fontes de financiamento."
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