São Paulo, sexta, 13 de março de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice SUCESSÃO Líder lança nome de Luís Eduardo Magalhães como seu candidato PFL lança publicamente Luís Eduardo para 2002
MARTA SALOMON da Sucursal de Brasília Numa planejada manifestação de força e unidade, os principais líderes do PFL armaram ontem publicamente o palanque de uma candidatura própria para 2002 e selaram o fim da aliança eleitoral com o PSDB. A aliança, inaugurada há quatro anos, seria desfeita ao final de um eventual segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. "Já temos um candidato próprio e forte, que virá empolgar", discursou o líder no PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE). Ao final da solenidade, que marcou a volta do embaixador Jorge Bornhausen à presidência do partido, o deputado deu nome ao candidato: "É o (deputado) Luís Eduardo Magalhães (filho do principal líder pefelista, o senador Antonio Carlos Magalhães)". "No ano 2002, nosso projeto estará totalmente desabrochado e pleno", endossou o vice-presidente Marco Maciel, aplaudido como candidato a vice na chapa da reeleição de FHC. Preocupado em não precipitar o lançamento da sucessão de 2002, Bornhausen evitou comentar o futuro da aliança PFL-PSDB: "Não vamos discutir agora um assunto de 1999. Vamos por etapas". Primeiro ele quer definir a reforma ministerial do final do mês e detalhes da campanha eleitoral. O presidente do PSDB, senador Teotonio Vilela Filho (AL), avalia que dificilmente a aliança se manterá até 2002. "O PFL teria de novamente apoiar nosso candidato, o que é difícil que aconteça. Essa aliança se fez muito em torno da figura do presidente Fernando Henrique", comentou ontem. Durante a festa pefelista, que lotou um auditório do Senado, fez sucesso uma provocação lançada ao PMDB, partido que deverá integrar a chapa da reeleição. "Tem partido que não pode reunir a Executiva. Só se chamar a polícia", discursou o presidente interino do PFL, deputado José Jorge (PE), numa referência à tumultuada convenção do último domingo. Foi aplaudidíssimo. Com um olho na reeleição de FHC e outro no próprio futuro, os dirigentes pefelistas divulgaram a primeira versão da proposta de política social, uma contribuição ao programa de governo de FHC. O PFL não quer ser conhecido apenas pela defesa da privatização e da abertura econômica. Entre as propostas contidas no documento pefelista, está a implantação de um programa de renda mínima para famílias com renda per capita inferior a R$ 50. O programa seria financiado por fundos municipais, com repasses de verbas estaduais e federais. O documento do PFL dedica um capítulo ao novo sistema de aposentadorias que quer ver implantado na segunda geração de reformas. No capítulo dedicado à reforma agrária, aparecem críticas à ação do governo -que estaria agindo "timidamente". Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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