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IGREJA
Em Salvador, d. Geraldo faz apelo para a união de religiões cristãs
Ecumenismo pode combater pobreza, diz novo arcebispo
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
O novo arcebispo de Salvador,
d. Geraldo Majella Agnelo, 66,
primaz do Brasil, disse anteontem que a ""pobreza não é vontade de Deus". A afirmação foi feita ao celebrar a primeira missa
na Catedral Basílica de Salvador,
D. Geraldo fez um apelo para a
união de todas as religiões cristãs como forma de combate ""às
desigualdades sociais". ""O ecumenismo é a estrada a ser percorrida obrigatoriamente por
todos que amam o Senhor."
O arcebispo voltou a defender
um relacionamento harmonioso
entre a Igreja Católica e o sincretismo religioso. ""Deus não tem
medo do encontro entre os povos." Após pedir respeito à diversidade cultural, lembrou o
sofrimento dos negros na época
da escravidão. ""Foram (os negros) arrancados do seu continente e sofreram brutalmente
como escravos no Brasil."
""Os negros trouxeram seus
preciosos presentes até o berço
de Cristo, que é a igreja, e a tornaram mais bonita e atraente."
A cerimônia de posse foi
acompanhada por cerca de 800
fiéis. Antes da entrada na igreja,
cerca de 300 padres, bispos, diáconos e cardeais acompanharam d. Geraldo até a Catedral
Basílica de Salvador.
Entre os convidados estavam
d. Paulo Evaristo Arns (ex-arcebispo de São Paulo), o vice-presidente da CNBB, d. Marcelo
Carvalheiro, o vice-presidente
da República, Marco Maciel, o
presidente do Senado, Antonio
Carlos Magalhães, o governador
da Bahia, César Borges (PFL), e o
prefeito de Salvador, Antonio
Imbassahy (PFL).
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